O departamento de RH é fundamental para o sucesso de uma empresa. Afinal, é ele o responsável por potencializar os esforços e resultados dos times de trabalho, ou seja, do capital humano da organização. Contudo, para que o setor seja capaz de tomar decisões rápidas, estratégicas e corretas, é preciso contar com a análise de bons indicadores de desempenho.
Para ficar mais claro, esses indicadores determinam como anda o desempenho de algumas atividades do RH, como a retenção dos funcionários ou a satisfação interna. Para mensurá-los, é preciso ter as informações demandadas e a fórmula certa.
Entendemos bastante sobre esse assunto e queremos ajudá-lo. Continue lendo e conheça os principais indicadores de desempenho e como calculá-los. Boa leitura!
Você já deve ter ouvido falar desse indicador, certo? Isso porque ele é um dos mais utilizados em todo o mundo, em grandes e pequenas empresas. O Turnover representa o percentual de funcionários que deixam a empresa em determinado período.
O cálculo do indicador é simples. Para executá-lo, é preciso ter informações sobre o número de funcionários desligados no período de 12 meses e sobre o total de colaboradores que atuaram na organização nesse mesmo período. Veja:
Turnover = funcionários desligados nos últimos 12 meses / número total de funcionários do mesmo período X 100.
O resultado ideal pode variar bastante, de acordo com cada empresa, mas fica em torno de 5% de Turnover. Ao obter esse indicador, é possível saber se sua política de retenção está sendo eficiente ou se precisa ser melhorada.
Quando a taxa de Turnover é muito alta, por exemplo, pode ser que a empresa esteja lidando com problemas como a falta de valorização dos profissionais (que, consequentemente, se sentem desmotivados para trabalhar), interferências negativas no clima organizacional ou uma liderança conflituosa.
Caso medidas não sejam tomadas o quanto antes para reverter essa situação, a empresa corre o risco de que esses fatores interfiram no atendimento ao cliente e na qualidade dos produtos/serviços oferecidos, por exemplo.
Está aí mais uma importância da análise do indicador de Turnover, que pode ser utilizado tanto para melhorar o ambiente de trabalho e/ou as políticas internas quanto para criar ações que incentivem os profissionais a atenderem as demandas com eficiência.
Mensurar o nível de absenteísmo dos colaboradores é algo crucial. Afinal, quando há excesso de faltas — um dos maiores problemas que uma empresa pode enfrentar —, toda a companhia é prejudicada.
Além dos danos causados ao nível de produtividade, o trabalho se acumula e é comum que outros funcionários se tornem sobrecarregado ao ter que resolver as demandas dos colaboradores ausentes, aumentando exponencialmente o número de erros, problemas e desentendimentos.
O fator de Bradford é o indicador mais utilizado para medir de forma simples e eficaz o nível de ausências não autorizadas no local de trabalho. Veja como calculá-lo:
Bradford = (número de episódios de ausência²) x total de dias faltados.
Imagine que um funcionário faltou 3 vezes no ano: uma falta de 1 dia, outra de 3 dias e a última de 6 dias (3 x 3 x 10). Nesse caso, o fator de absenteísmo seria de 90 pontos. O ideal é que o fator fique sempre abaixo de 250 pontos.
Após a análise do indicador, caso for notado que o fator está bastante elevado, é preciso adotar algumas medidas para reverter o quadro e evitar que danos sejam gerados à organização.
Mas como fazer isso? Listamos alguns passos importantes abaixo:
promova um clima organizacional agradável aos colaboradores, o que vai interferir positivamente nos níveis de satisfação e produtividade;
forneça feedbacks assertivos e contínuos às equipes de trabalho, sabendo elogiar o que está dando certo e apontar aquilo que precisa ser melhorado;
estabeleça premiações para estimular a redução do índice de faltas;
adote uma política de benefícios interessantes para os colaboradores;
conte com o auxílio de um software para o monitoramento das faltas.
São muitos os investimentos que o RH faz ao longo do ano, como a aquisição de novos benefícios, softwares ou mesmo algum treinamento da equipe, mas o que tem realmente gerado lucro para a empresa? Para responder a essa pergunta, é preciso conhecer o ROI (Retorno sobre Investimento, ou Return Over Investiment, em inglês).
Trata-se de um dos indicadores mais importantes para qualquer negócio, sendo utilizado principalmente para identificar retornos financeiros potenciais e passados.
A métrica mostra, por exemplo, o quanto um investidor ganhou ou perdeu em relação ao valor aplicado em determinado investimento — como os relacionados ao RH, por exemplo.
O resultado serve para a criação de uma análise do que aconteceu e do que pode ter dado errado, bem como para a elaboração de uma perspectiva sobre o futuro do investimento. Para entender como o ROI é calculado, confira a fórmula e o exemplo abaixo:
ROI = (retorno financeiro obtido – investimento feito) / investimento feito.
Imagine que foram investidos 5 mil reais em um treinamento e depois observado um retorno financeiro de 20 mil reais. Ao aplicar o cálculo do ROI, registra-se o retorno obtido de três vezes o valor investido (300%).
Não é segredo algum que funcionários satisfeitos são mais eficientes e produtivos, promovendo então melhores resultados à organização. Mas como é possível calcular a satisfação de um indivíduo, ou seja, algo tão abstrato?
Para isso, é possível utilizar um indicador conhecido como eNPS (Employer Net Promoter Score). Para que ele seja colocado em ação, é preciso que duas perguntas-chave sejam feitas ao colaborador. Veja:
De 0 a 10, o quanto você indicaria nossa organização como um bom lugar para trabalhar?
De 0 a 10, o quanto indicaria seu chefe como um bom líder?
Os funcionários que responderam entre 0 e 6 estão instatisfeitos com a sua empresa. Os que responderam entre 7 e 8 são neutros e os que responderam entre 9 e 10 são promotores, que estão realmente satisfeitos com a organização e com a função que desempenham.
Tendo em mãos os resultados, torna-se mais claro o planejamento de quais passos devem ser adotados para aumentar a satisfação dos colaboradores no geral. Contudo, é preciso reforçar que pesquisas como essa precisam ser mantidas em sigilo para encorajar respostas honestas.
Além disso, é preciso ressaltar que o eNPS precisa ser adotado como uma parte contínua no processo de melhorias da empresa. Para garantir um fluxo estável de informações quanto ao indicador em questão, muitas organizações optam por aplicá-lo a cada poucos meses ou a cada aniversário de contratação de um funcionário, por exemplo.
Também é importante acompanhar os indicadores relacionados ao recrutamento e seleção de novos profissionais. Afinal, esse é um dos processos mais importantes para o RH, uma vez que mede a eficiência de suas contratações.
Algumas empresas (geralmente PMEs) adotam processos de recrutamento e seleção mais simples e menos formais.
Outras (sobretudo as de grande porte) costumam ter estruturas mais longas, com etapas distintas e bem definidas. Independentemente do caso, não existe uma fórmula pronta para o sucesso, e é justamente aí que entra a importância dos indicadores de recrutamento e seleção. São eles:
custo médio por contratação;
tempo médio do processo;
percentual de vagas fechadas dentro do prazo;
turnover de contrações recentes (últimos 12 meses);
número de candidatos inscritos por vaga.
A partir de sua análise, é possível que perguntas como “a estratégia executada tem surtido o efeito desejado?” ou “quais decisões precisam ser tomadas?” possam ser respondidas, dando a partida para que melhorias sejam traçadas.
Ao aplicar essas dicas, você conseguirá excelentes indicadores de desempenho para balizar a tomada de decisão na sua empresa. Com isso é possível alcançar resultados cada vez melhores e mais impactantes.
Já consegue identificar a importância desses indicadores de desempenho em sua empresa? Agora aproveite para continuar aprendendo. Siga-nos nas redes sociais (Facebook e LinkedIn) e fique por dentro das nossas novidades!