Antes restrito a poucos, hoje o trabalho home office é bastante disseminado, muito por conta das adaptações exigidas pela pandemia de Covid-19, iniciada em 2020. Inclusive, já não é raro se deparar com vagas cujas atividades são desenvolvidas de forma 100% remota.
Ainda assim, esse tipo de trabalho gera várias questões. Isso inclui dúvidas sobre como bancar os custos com energia, internet e outros itens necessários para que o trabalho seja feito. Por isso, muitas empresas passaram a oferecer o chamado auxílio home office aos colaboradores. Para saber mais sobre esse benefício e como implementá-lo, continue a leitura.
Em linhas gerais, o auxílio home office, também conhecido como ajuda de custo, tem como objetivo financiar parte das despesas que o colaborador passa a ter a partir do momento em que começa a trabalhar de casa.
Enquanto ele usava a estrutura da empresa, os gastos com internet, energia, entre outros, eram custeados pelo negócio. Com o trabalho remoto, todos eles passam a ser responsabilidade do funcionário.
Além disso, em muitos casos, a transição para o home office exige uma série de adaptações. O objetivo é dar o conforto e a ergonomia adequada para que a jornada de trabalho transcorra da melhor forma possível.
É normal que quem, até então, nunca tenha trabalhado em casa, não disponha de mesas e cadeiras adequadas ou periféricos (teclados, microfones, fones de ouvido etc.) com as especificações mínimas para um bom desempenho no trabalho.
Com isso, o auxílio home office garante que o funcionário não precise arcar do próprio bolso com custos que antes eram da empresa. Além disso, permite que ele tenha acesso a uma infraestrutura de acordo com suas necessidades, evitando prejuízos à produtividade.
A atual legislação não menciona, de forma específica, o home office. Na reforma trabalhista de 2017, o exercício do trabalho fora das dependências do empregador, com o auxílio da tecnologia, é denominado como teletrabalho.
Na mesma lei, há determinação clara de que a responsabilidade de aquisição e manutenção da estrutura adequada para o teletrabalho deve ser definida por meio de contrato escrito entre as partes.
Além disso, o artigo 2º da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é bem clara no ponto em que menciona que o empregador tem a obrigação de arcar com as despesas do seu empreendimento.
Nesse contexto, o auxílio home office aparece como uma forma de a empresa custear ou reembolsar o colaborador pelos custos que ele passa a ter, a partir do momento em que ele trabalha de casa.
Levando tudo isso em conta, para definir a maneira com que esse benefício será concedido, o contrato de trabalho é o instrumento ideal. Por meio desse documento, empregador e empregado podem estabelecer as bases do regime de trabalho remoto, definindo o que é responsabilidade de cada uma das partes.
Além das questões legais, que obviamente precisam ser respeitadas, a disponibilização do auxílio home office traz uma série de vantagens para o dia a dia de qualquer empresa. Confira alguns desses benefícios, que certamente fazem a diferença no resultado entregue por toda a equipe.
O auxílio home office pode ser um componente interessante do pacote de benefícios oferecido pela sua empresa. Afinal de contas, ele incrementa ainda mais a satisfação dos colaboradores, que verão essa ajuda de custo como mais uma fonte de motivação.
Ao mesmo tempo, a manutenção desse benefício é item fundamental tanto na atração de novos talentos quanto na retenção de quem já trabalha no seu negócio. Com o fortalecimento do trabalho remoto, a tendência é que cada vez mais pessoas optem por empresas que ofereçam essa opção.
A falta de infraestrutura adequada certamente é uma barreira para uma boa produtividade. Imagina, então, ter que trabalhar com uma conexão de internet aquém do esperado, por exemplo.
O auxílio home office ajuda o colaborador a contornar esses problemas. Ele garante que o funcionário tenha à disposição praticamente tudo aquilo que teria na sede da empresa, sem precisar sair de casa.
Com a adoção do auxílio home office, a empresa consegue suprir boa parte dos custos dos funcionários, com total controle e agilidade. Dessa forma, não será necessário perder tempo com o fornecimento de reembolsos ou se preocupar com a falta de algum item para que determinado colaborador consiga desenvolver seu trabalho.
Se a sua empresa precisar arcar com os custos do trabalho remoto, veja os passos para implementar o auxílio home office e quais cuidados tomar para não ter problemas nesse processo.
É importante ter uma boa noção sobre quanto o uso de internet e energia elétrica pesa no total das faturas do colaborador. Isso pode ser feito pelo cálculo da diferença entre a média de consumo anterior ao home office e o atual, ou pelo cálculo das despesas de cada equipamento utilizado durante a jornada de trabalho.
Dentro desse mapeamento, confronte o tamanho do benefício necessário para fazer frente aos custos do colaborador com o orçamento disponível para tal. Com isso, você garante que esse custeio não comprometa o caixa do negócio.
Calcular todos esses valores e fazer a distribuição correta do benefício é quase impossível se não houver o auxílio da tecnologia. Além disso, sem o suporte de ferramentas adequadas, pode ser difícil integrar o auxílio home office com os demais benefícios oferecidos.
Do mesmo modo, nem sempre o seu negócio conta com a expertise ou mesmo os recursos humanos necessários para gerenciar toda a distribuição dos benefícios da melhor forma possível. Logo, considere sempre a possibilidade de contratar uma empresa especializada para assumir essa responsabilidade.
Se bem planejado, o auxílio home office pode ser encarado como um investimento pelo negócio que, a partir dele, terá funcionários mais engajados e produtivos, além de manter sua atratividade lá em cima, pronta para conquistar e manter os melhores talentos do mercado.
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