A falta de emprego é um problema que afeta muitos trabalhadores e que impacta diretamente a economia do país — isso sem contar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que ficam sem renda. Para falarmos melhor sobre o assunto, é importante entender quais são as causas do desemprego e como o RH pode contribuir para mudar o cenário.
Neste post, vamos explicar quais são esses fatores, oferecendo a você uma visão mais ampla sobre o tema. Confira o artigo até o final!
O desemprego é um fator de preocupação para os trabalhadores brasileiros, explica a desestruturação familiar e está diretamente ligado à violência. Diversas questões contribuíram para a flutuação do índice de profissionais sem emprego no país.
Podemos observar que as taxas apresentavam queda até 2015, resultado da crise econômica que o país começou a enfrentar, de acordo com dados do IBGE. As últimas informações coletadas mostram uma taxa de 11,6% no trimestre encerrado em fevereiro de 2020, atingindo 12,3 milhões de pessoas.
Os desligamentos ocorreram, principalmente, nos setores de construção, administração pública e serviços domésticos. Esse número deve aumentar ainda mais como resultado da retração econômica provocada pela pandemia da COVID-19.
Previsões do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) indicam que a taxa de desemprego pode chegar a 17,8% ao ano. Além disso, há uma tendência de profunda recessão no país.
Podemos considerar a pandemia causada pelo coronavírus uma situação isolada e que está afetando a economia de muitos países. No entanto, é possível citar alguns fatores que motivam o aumento do desemprego, e que atuam independentemente dessa situação.
A relação entre crise financeira e desemprego forma um verdadeiro círculo vicioso, já que com a falta de trabalho o consumo diminui, caindo o investimento dos empresários e levando a mais demissões. Além disso, o medo de perder o emprego faz com que as pessoas economizem e cortem gastos supérfluos.
Por isso, há uma grande preocupação com períodos de retração econômica, que tendem a aumentar ainda mais o número de trabalhadores sem ocupação no país.
A manutenção de um trabalhador em regime CLT costuma apresentar altos custos para as empresas. Uma pesquisa feita pela FGV mostra que o salário equivale a apenas 32% dos custos de um trabalhador para a empresa no período de um ano.
Com isso em mente, quando há uma queda na demanda pelos produtos ou serviços ofertados, é comum que as empresas passem a demitir seus empregados, procurando enxugar a folha de pagamento e as despesas.
Apesar da alta taxa de desemprego, há uma carência de profissionais qualificados no país, principalmente na indústria. A falta de mão de obra preparada atinge, também, os setores de venda e marketing, administrativo, engenharia, gerencial, e de pesquisa e desenvolvimento.
Essa dificuldade deve atrasar ainda mais a retomada econômica do país. Ela se deve, principalmente, à má qualidade da educação básica no Brasil, de acordo com dados apurados pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI).
O uso em massa da tecnologia trouxe uma nova revolução industrial e, com ela, muitos trabalhadores são substituídos por robôs. Vemos esse movimento, principalmente, com o crescimento da inteligência artificial.
Um estudo da consultoria McKinsey mostra que mais de 800 milhões de trabalhadores serão substituídos por máquinas até 2030. Isso força os trabalhadores a desenvolver as suas capacidades e se reinventar para acompanhar essas mudanças — ou conseguir oportunidades no mercado de trabalho, que contará com novas profissões.
O setor de Recursos Humanos pode adotar algumas iniciativas para diminuir a distância entre trabalhadores e empresa, ajudando a reduzir o índice de desemprego e tornando a organização um ponto atrativo e que aumente a empregabilidade.
Um das iniciativas é o foco na gestão de pessoas para o desenvolvimento. Ela pode ser aplicada desde o processo de recrutamento e seleção, contratando pessoas que tenham competências comportamentais alinhadas com a empresa, mesmo sem todos os conhecimentos técnicos.
Ao começar na organização, o profissional pode passar por treinamentos ou, até mesmo, a organização pode oferecer convênios com instituições de ensino que auxiliem na formação. Dessa maneira, é possível reduzir o gargalo provocado pela falta de profissionais qualificados, oferecendo uma formação direcionada dentro da própria empresa.
Além disso, o conhecimento interno pode ser compartilhado nas redes, auxiliando na formação de outros profissionais, mesmo que não tenham como primeira intenção trabalhar naquele local. Essa atitude colaborativa não só ajuda na absorção desses profissionais pelo mercado, como traz uma imagem de autoridade à organização, fortalecendo a sua marca.
Outro ponto interessante é cuidar do bem-estar dos funcionários. A partir do momento em que a organização se preocupa com a qualidade da sua marca empregadora, passa a ser bem vista no mercado de trabalho e pelos consumidores. Isso pode gerar um aumento no faturamento, na produção e na necessidade de profissionais para dar conta da demanda aquecida.
Lembre-se de que diversas iniciativas surgiram de ideias totalmente novas, por meio da identificação das necessidades e possibilidades provocadas pela tecnologia, e permitiram a abertura de startups com novas oportunidades de emprego. Por isso, o RH deve estar atento ao novo e embarcar nos caminhos que a realidade atual traz.
Um deles é o trabalho remoto. Essa atitude aumenta a possibilidade de contratar o funcionário ideal e ajuda a diminuir os índices de desemprego.
Você viu aqui as principais causas do desemprego, além de algumas estratégias que o RH pode adotar para aumentar a empregabilidade na empresa e, até mesmo, ter uma postura colaborativa. Deter tal conhecimento faz toda a diferença na gestão interna e ajuda a corporação se consolidar, mesmo diante de uma concorrência feroz.
Aproveite para conferir o post que preparamos com 7 passos para o sucesso na retenção de talentos. Esse material traz ainda mais informações sobre como o trabalho do RH pode influenciar diretamente os resultados da empresa e o engajamento dos profissionais.