O mundo corporativo não é o mesmo que profissionais viviam há cerca de duas décadas. Maior conectividade, ritmos mais rápidos e mercados em constantes mudanças são algumas das características desse novo cenário. Dentro das empresas, todas essas modificações se refletem no desenvolvimento do RH 4.0.
Sua empresa já está preparada para lidar com a nova realidade? Caso ainda tenha dúvidas, este artigo foi feito especialmente para você. Descubra como esse conceito atual pode otimizar as operações no RH da sua empresa!
Para explicar o que é o RH 4.0, precisamos abordar um pouco do contexto mundial em que as empresas estão inseridas. A revolução tecnológica, que teve lugar nas primeiras décadas deste século, deu origem à chamada Quarta Revolução Industrial. Esse é o nome dado à tendência de informatização dos trabalhos de manufatura — ou seja, a automatização de uma série de processos.
O termo foi usado pela primeira vez em 2011 pelo governo alemão, que identificou indicadores relacionados à tecnologia que tinham impacto sobre as práticas na indústria. Alguns desses fatores são a descentralização e virtualização de processos, além de maior orientação ao serviço — em oposição à orientação ao produto que havia antes.
Essas mudanças não dizem respeito somente ao público externo, mas também — e talvez principalmente — ao interno. Foi assim que surgiu o RH 4.0. Resumidamente, esse conceito refere-se à resposta do setor de RH à entrada de soluções tecnológicas em seus processos.
O ponto de maior destaque é a automatização de uma série de tarefas, que muda o dia a dia do setor e o perfil dos colaboradores que trabalham nesse departamento.
Na rotina dos departamentos de RH, essa nova abordagem tem impactos em diferentes atividades. Acompanhe!
Funções mecânicas e repetitivas, como as referentes à rotina de emissão de folhas de pagamento e controle de horários, por exemplo, são automatizadas. Como consequência, os profissionais ficam livres para executar atividades mais estratégicas e relevantes.
Na prática, isso é quase como uma multiplicação do tempo dos colaboradores. Em vez de consumirem uma parte de sua jornada de trabalho com tarefas de baixo grau de complexidade, eles se dedicam inteiramente àquelas que exigem maior criatividade e raciocínio.
As novas tecnologias estão permitindo outras formas de organização de equipes e de gestão desses colaboradores. Um dos exemplos mais simbólicos é o trabalho remoto. Em algumas áreas, como o TI, já é comum contar com profissionais que trabalham a distância, de uma cidade ou até de um país diferente.
Outra possibilidade é a formação de equipes multiculturais, com profissionais de várias nacionalidades. Essa diversidade, ao passo que possibilita novos links e ideias inovadoras, também demanda uma grande habilidade de gestão do líder, a fim de conciliar diferentes culturas em uma mesma equipe de trabalho.
Da mesma forma que os departamentos estão mudando, os profissionais também. Portanto, há uma tendência no RH 4.0 a captar e reter trabalhadores multidisciplinares, com potencial múltiplo dentro da empresa.
Uma das consequências dessa estratégia é a gestão mais descentralizada. Em uma equipe multidisciplinar, composta por pessoas versáteis e de bagagem extensa, todos participam da tomada de decisões.
A gestão remota não era uma necessidade tão grande nas empresas há alguns anos. Porém, após tantas facilidades que a tecnologia e os profissionais proporcionam, a flexibilidade tornou-se um diferencial nos processos de seleção. Os profissionais acabam por selecionar as empresas mais flexíveis.
As ferramentas de gestão remota permitem aos líderes gerir suas equipes mesmo a distância. Eles conseguem fazer o acompanhamento das entregas, efetuar reuniões individuais ou em grupo, alocar funcionários em clientes ou cidades estratégicas e muitas outras possibilidades. A distância deixa, portanto, de ser um problema.
As soluções automatizadas envolvem principalmente os softwares de gestão, que ajudam a elaborar os processos de recrutamento e seleção, padronizam as avaliações de desempenho, ajudam a tornar o trabalho dos funcionários mais analíticos e menos operacionais, pois automatizam tarefas repetitivas.
Também contribuem para melhorar a segurança dos dados. Por exemplo, o big data permite coletar, analisar e armazenar um grande volume de dados. Um backup de informações na nuvem também protege a empresa contra a perda de dados no caso de falhas na rede de computadores ou acidentes.
As soluções automatizadas ainda reduzem os riscos de erros operacionais, que podem conduzir a conflitos em questões fiscais e legais que podem causar mais prejuízos ao caixa.
O RH 4.0 ainda enfrenta muitos desafios para se instalar definitivamente em uma empresa. Alguns dos mais importantes são:
O rompimento de paradigmas ideológicos não é fácil. O comodismo faz com que muitas empresas permaneçam atuando no mercado da mesma forma como faziam há anos. Os gestores raciocinam da seguinte forma: “Se está tudo bem, por que mexer no negócio?”.
O setor de RH deve mostrar, nesses casos, que o mercado está mudando. É possível que a empresa venha sofrendo com aumento de turnover, dificuldades na contratação de profissionais com skills (habilidades) mais atraentes.
O planejamento estratégico também deve considerar a implementação de uma cultura forte, pois ela define como os funcionários e os gestores devem se comportar. Muitos hábitos não fazem mais sentido com o advento do RH 4.0. Mas não é tão simples mudar essas práticas que foram cultivadas ao longo de anos.
O RH deve identificar quem são as pessoas que não estão se ajustando às novas exigências e quais precisam se desenvolver ou ser substituídas.
Gradualmente, a cultura vai se consolidar, mas é fundamental realizar um grande trabalho.
Outro desafio atual a enfrentar são os desafios geracionais. Cada geração se desenvolveu com seus próprios valores, o que gera conflitos no dia a dia da empresa. Para as gerações modernas, as ideias de RH 4.0 têm muito sentido e suprem satisfatoriamente as demandas dos profissionais.
Para os profissionais de gerações mais velhas, não é tão fácil assim. Normalmente, eles resistem às inovações. Muitos não estão digitalmente preparados para a nova tecnologia.
Contudo, eles devem compreender que a nova tecnologia não é uma ameaça aos profissionais. Ao contrário, ela é uma potencializadora das capacidades de todos os colaboradores.
Explorar o potencial do RH 4.0 significa levar a sua empresa para um nível acima, mais inovador. Com maior otimização dos talentos, é possível dar oportunidades para os profissionais explorarem seu potencial e obterem melhores resultados.
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