O desenvolvimento de pessoas é uma cultura alicerce no crescimento e impulsionamento das empresas. O ativo mais importante de qualquer tipo de negócio são os seus colaboradores, porém já se foi o tempo em que o salário era o único atrativo e motivador de profissionais.
Nos últimos anos, as lideranças e recursos humanos tem enfrentado desafios relacionados à retenção de talentos. Com as mudanças do mercado de trabalho, transformação digital e inovações, não são somente os funcionários que precisam ter algo a agregar às organizações.
Os bons e capacitados profissionais estão mais exigentes e buscam por empresas que possam valorizar a sua carreira e tenham muito mais do que um bom salário. Afinal, de que adianta ter uma remuneração acima da média e um ambiente negativo, estressante e líderes que não valorizam o bom trabalho? Nem funcionário, nem empresa crescem assim.
O desenvolvimento de pessoas é exatamente sobre isso. Dada a importância do assunto, preparamos este guia para que você entenda a importância de investir no crescimento dos colaboradores e os reais ganhos para a empresa. Acompanhe.
O desenvolvimento de pessoas é o investimento no crescimento dos seus colaboradores. Se trata de processos e estratégias que visam construir um ambiente laboral saudável e de potencializar as capacidades e habilidades das suas equipes.
No entanto, é importante que não confunda o treinamento com o desenvolvimento. Os treinamentos são voltados para assuntos estritamente técnicos e teóricos voltados ao trabalho em si. Já o desenvolvimento está relacionado ao crescimento pessoal e profissional, mas que também envolve capacitações técnicas.
Em outras palavras, se trata de nutrir os seus colaboradores para mantê-los engajados com os propósitos da empresa e potencializar o crescimento da organização. Todos se beneficiam com essas ações.
Um dos pilares do desenvolvimento é manter os colaboradores como parceiros da organização, e não meros subordinados. Essa é uma cultura organizacional que busca gerar uma sincronia entre a empresa e os colaboradores. Ou seja, a valorização precisa ser um conceito cultural de um negócio, e não algo isolado e que acontece de vez em quando.
Além disso, é fundamental entendermos que o desenvolvimento de colaboradores não envolve somente questões técnicas. Na verdade, um dos pilares são as competências comportamentais, também conhecidas como soft skills. Essas capacidades são altamente valorizadas e buscadas pelas grandes organizações, pois esses são fatores cruciais para formar equipes de alta performance.
O desenvolvimento de pessoas é um conjunto de processos que tira os colaboradores do piloto automático. Isso quer dizer que as decisões, as tarefas e os projetos são executados de maneira estratégica, pensada e planejada.
O mundo vem mudando e se transformando de forma acelerada. Processos que hoje são os mais inovadores e que garantem um diferencial competitivo amanhã já se tornam obsoletos e até mesmo ultrapassados.
Por exemplo, já não se pode mais pensar que os clientes são de responsabilidade somente do setor de vendas e de atendimento ao cliente. Toda a organização precisa se preocupar com o público. Assim como também é ultrapassado querer instaurar fortes hierarquias.
Os profissionais de hoje são mais criativos e precisam de certa liberdade para conseguirem, trabalhar. Não é à toa que muitos colaboradores não se adaptam a empresas muito rígidas.
Mas o que isso tem a ver com o desenvolvimento de pessoas? Quando uma organização investe no seu capital humano, desenvolve tomadores de decisões, pessoas engajadas e que estão a postos para trazer o que há de mais eficiente para um negócio.
Já os negócios que não se preocupam em nutrir os seus colaboradores constroem meras equipes que executam ordens. Nada além disso. Não são tomadores de decisões. Esse é fator de risco para a sobrevivência das empresas na atualidade. Exatamente por isso que o desenvolvimento das suas equipes é um dos responsáveis pelos bons resultados e crescimento das empresas.
Além disso, colaboradores sem capacitação e mal treinados e desenvolvidos são mais caros. Isso acontece porque, geralmente, eles não têm as habilidades necessárias para as suas funções, gerando um baixo rendimento. Esse custo elevado também é reflexo de maiores erros, falhas e gargalos nos processos.
Não são somente os funcionários que se beneficiam do desenvolvimento de pessoas. Essa é uma via de mão dupla que agrega muito às empresas e é praticamente imprescindível para ter bons resultados.
Para que você tenha ótimos motivos para investir no desenvolvimento dos seus colaboradores, separamos os principais benefícios para a sua empresa. Acompanhe.
A retenção de talentos é um processo que envolve captar e manter bons e qualificados profissionais das empresas. Esse tem sido um desafio para as organizações porque não basta recrutar colaboradores habilidosos e com as capacidades que a empresa precisa, você precisa dar motivos para eles permanecerem no negócio. Essa relação de longo prazo é um pilar no impulsionamento das empresas e na redução de custos.
No entanto, para que um bom profissional permaneça em uma empresa, é necessário muito mais do que um bom salário. As pessoas estão se preocupando cada vez mais com a valorização do seu trabalho e com a sua saúde mental. Por isso, além de oferecer bons benefícios aos colaboradores, é necessário se preocupar com um ambiente saudável e que promova o seu crescimento pessoal e profissional.
Exatamente aí que se faz importante o desenvolvimento de pessoas. Essa é uma maneira dos colaboradores se sentirem reconhecidos e valorizados. Além disso, esse investimento nos seus funcionários viabiliza um plano de carreira na empresa, sendo que isso beneficia muito as empresas tanto na redução do turnover quanto nos bons resultados a longo prazo.
Empresas que não investem em seus colaboradores, têm grande rotatividade de funcionários e não os valorizam ficam negativamente marcadas no mercado de trabalho. A credibilidade da marca empregadora é um dos fatores que possibilitam, ou não, a retenção de talentos.
Quando há um bom plano de desenvolvimento de pessoas, a organização passa a ser bem vista, aumentando assim a sua credibilidade entre os bons profissionais. A empresa ganha uma reputação positiva que agrega valor ao seu quadro de funcionário e que tem uma relação de confiança.
Essas são atitudes que geram uma imagem de que a empresa não quer meros subordinados, mas sim parceiros que cresçam junto a ela. Essa credibilidade acontece, principalmente, quando os próprios colaboradores começam a falar bem e a promover a organização.
O desenvolvimento de pessoas é uma cultura da empresa, e não algo isolado ou esporádico. Afinal, o aprendizado e as melhorias precisam ser constantes. Como dissemos, as estratégias, os processos e o mundo em si mudam muito rápido. Os colaboradores precisam lidar com um grande volume de novas informações e dados. Por isso, o desenvolvimento precisa fazer parte da rotina.
Para isso, é importante que os líderes e o setor de recursos humanos estruturem e executem programas constantes de aprendizagem e de crescimento profissional. Assim os colaboradores conseguem estabelecer e manter um ritmo de desenvolvimento que será benefício para ambas as partes.
Essa constância permite que os profissionais se mantem atualizados sobre as inovações, estratégias eficientes para o negócio e sempre aprimorem o seu trabalho. Isso resulta em equipes de alta performance e que tornam a empresa mais competitiva.
A rotatividade, ou o turnover, representa um perigo para as empresas, tanto em questão de custos quanto no fator credibilidade e retenção de talentos. Esse rodízio de profissionais pode significar duas principais questões.
A primeira está relacionada aos pedidos de demissão por parte dos colaboradores. Isso pode ser reflexo de baixa, ou nenhuma, felicidade no trabalho, ambiente laboral ruim e até mesmo poucos benefícios empresariais. Ou seja, são aspectos relacionados ao descontentamento dos profissionais com as políticas e rotina na empresa.
Em segundo lugar, quando o desligamento é solicitado, esse é um sinal de que o processo de recrutamento e seleção está desalinhado às necessidades da empresa, além de dificuldades na retenção de talentos.
Ambos os cenários são prejudiciais para a organização, pois requerem novos gastos com seleção e treinamentos — além de tempo para todo o processo de onboarding. Para o mercado, isso também é ruim, pois os bons profissionais que desejam fazer carreira em uma empresa, podem ter receio de se candidatarem para as suas vagas. Afinal, eles sabem que a rotatividade é grande e que há algo de errado.
Nesse sentido, o desenvolvimento de pessoas reduz a taxa de rotatividade porque, além de mais felizes e valorizados, os colaboradores estarão melhor capacitados para as suas funções, ao mesmo tempo em que a empresa se mantém trabalhando para garantir um ambiente saudável e melhores condições de trabalho.
Profissionais felizes, capacitados e um ambiente saudável potencializam a produtividade. Lembrando que esse termo não está associado somente ao volume de trabalho que é feito, mas também a qualidade. Menos tempo será gasto com retrabalhos e, consequentemente, menores custos e mais eficiência.
Conforme explicamos, o desenvolvimento de pessoas beneficia tanto empresa quanto profissional. A principal vantagem é que conhecimento não se perde. O que os funcionários desenvolvem durante a sua carreira em uma empresa que preza pelo seu crescimento será levado por toda a vida.
Com isso em mente, veja a seguir quais são as outras vantagens para os colaboradores.
Em uma empresa, você não aprende somente assuntos que levará para a sua vida profissional, mas também consegue agregar muito a sua vida pessoal. Quando o colaborar faz parte de uma empresa que atua no desenvolvimento das suas equipes, os profissionais desenvolvem novas competências que podem ser aplicadas em qualquer vertente da vida.
Algumas delas estão relacionadas às soft skills que citamos, como a inteligência emocional, o trabalho em equipe, aprender a lidar com a pressão e desenvolver uma comunicação mais clara e eficiente.
Com isso, além de melhorar a qualidade do seu trabalho, há um maior sentimento de autorrealização pessoal, que é reflexo do aumento da produtividade e dos bons resultados que passa a alcançar no trabalho. Afinal, apesar das áreas profissional e pessoal serem distintas na nossa vida, uma interfere a outra.
Um clima organizacional ruim é um dos grandes bloqueadores da retenção de talentos e do crescimento da empresa. O salário pode até ser um atrativo inicial, mas ele não segura os profissionais na empresa como o clima.
Nos últimos anos, muito tem se falado sobre como o ambiente profissional é responsável por desencadear problemas psicológicos, como a depressão, a ansiedade e a síndrome de burnout.
Esses são problemas que podem ser causados por competições prejudiciais no ambiente de trabalho, cobranças e funções em excesso e uma liderança que não preza por um relacionamento de parceria, mas sim de subordinação.
Em contrapartida, empresas que se preocupam com o desenvolvimento dos colaboradores, também prezam pela manutenção de um bom clima organizacional, tanto entre as equipes quanto entre gestores e liderança.
A autorrealização profissional e pessoal gera mais confiança. Colaboradores confiantes têm mais proatividade, compartilham mais ideias e projetos. No entanto, essa confiança somente aflora nos colaboradores quando eles se sentem valorizados e em um ambiente que propicia isso.
O desenvolvimento de pessoas nas empresas também envolve treinamentos, reciclagem de conhecimentos e desenvolvimento de novas habilidades técnicas. Esses são aprendizados que os profissionais levarão por toda a sua vida.
Portanto, um dos benefícios do desenvolvimento para os colaboradores é justamente a capacitação profissional que eles recebem. Com isso, eles se tornam profissionais mais qualificados e que têm muito a agregar à empresa.
Como foi possível perceber até aqui, o desenvolvimento de pessoas é altamente importante e benéfico para empresa e profissional. Entretanto, para que isso aconteça, é necessário que esse seja um programa constante, bem planejado e estruturado. Afinal, conforme explicamos, o desenvolvimento deve fazer parte da cultura do negócio.
Para ajudar no seu processo de implementação, separamos algumas práticas e hábitos que precisam fazer parte da empresa. Confira.
Já percebeu que as formigas não trabalham sozinhas? Mesmo tão pequenas, a união de forças permite que elas construam grandes formigueiros. A importância do trabalho em equipe é justamente essa.
O trabalho em conjunto é essencial para que a organização atinja as suas metas, que se tenha melhores resultados e que se consiga avançar no mercado. Há ainda a questão da produtividade, pois equipes entrosadas e capacitadas são mais produtivas e econômicas.
Para estimular o trabalho em equipe, o primeiro passo é delegar os papéis de cada um. Mesmo sendo um time, é importante que alguém fique encarregado de ajudar e monitorar os projetos. Esse é o processo que leva o nome de job descripton.
Então, comece estabelecendo as responsabilidades de cada um dentro da equipe, mas também é importante que os colaboradores tenham a liberdade de se organizarem entre si. Afinal, alguns têm melhores habilidades analíticas enquanto outros preferem executar.
Com as equipes alinhadas e sincronizadas, a empresa precisa desenvolver um programa de formação contínua. Esse é um processo constante que envolve a reciclagem de conhecimentos, disponibilização de cursos que agregam ao funcionário e à empresa e treinamentos de capacitação técnica.
Há empresas especializadas em educação corporativa. Essa é uma maneira de oferecer formações profissionais de maneira terceirizada, assim a gestão da organização não precisa se preocupar em elaborar cursos do zero.
Programas de bem-estar financeiro são ações e medidas que buscam reduzir ou eliminar o estresse financeiro que os colaboradores sentem. Como dissemos, a vida pessoal interfere a profissional e as preocupações com as finanças geram fortes interferências na produtividade dos profissionais.
Geralmente, esses programas estão relacionados a capacitações dos profissionais e alguns benefícios empresariais que a organização pode oferecer. Alguns exemplos são:
Esses são planos e ações que buscam ajudar os colaboradores a terem mais consciência de suas finanças, educação financeira e meios de proteção em casos de imprevistos.
A política de dar feedbacks é uma forma de corrigir as falhas e reconhecer o bom trabalho dos colaboradores, por isso é importante que ela faça parte da cultura de desenvolvimento de pessoas. Esse retorno sobre o desempenho e as atitudes no ambiente de trabalho precisam ser repassados de maneira transparente e ética.
Inclusive, caso tenha algo mais sério e negativo a ser tratado com algum profissional, é indicado que isso seja feito em particular. Porém, no geral, o feedback pode ser oferecido em conjunto e precisa tratar sobre os resultados que foram alcançados, o que foi positivo nas equipes e o que precisa ser aperfeiçoado.
Esse retorno é importante tanto para os profissionais crescerem quanto para o planejamento do desenvolvimento por parte dos gestores. Por meio do feedback, os responsáveis pelos programas de desenvolvimento conseguem entender os pontos de melhoria. Assim podem focar as suas ações e treinamentos no que realmente é necessário.
Os profissionais também têm muito a ensinar, e não somente a aprender. Por isso, é muito valioso e importante que se desenvolva um ambiente saudável e que encoraje essa troca de experiências e de conhecimento. Isso pode ser feito tanto no dia a dia de trabalho quanto em momentos reservados para esse fim.
Aprender com o erro dos outros é uma forma de evitar os mesmos problemas que outras empresas já tiveram. Há alguns deslizes que passam despercebidos, mas que representam um risco para a sua cultura de desenvolvimento. Veja quais são e como evitá-los.
Todos nós precisamos de incentivos e de reconhecimento em todas as áreas da nossa vida. No trabalho não é diferente. Alguns gestores caem no erro de pontuar somente os erros durante o feedback e isso é altamente prejudicial. Essa é uma ação que gera uma queda grande na confiança dos colaboradores e abre portas para a desmotivação.
Sendo assim, preze também pelo reconhecimento do bom trabalho, pontue o que cada colaborador tem feito de positivo e como essas ações, por menores que sejam, estão contribuindo com o negócio.
Como dito, o desenvolvimento de pessoas precisa ser cultural e rotineiro. Nesse sentido, um erro comum das organizações é implementar algumas ações e não dar segmento a elas. Assim, dificilmente melhoras serão percebidas.
O investimento no seu pessoal é algo que não gera resultados do dia para a noite. Por isso é importante que seja uma ação contínua e que envolva desde os setores operacionais até os de liderança.
Empresas diferentes, necessidades diferentes. Equipes diferentes, necessidades diferentes. Não há uma fórmula pronta a ser implementada em todas as empresas. Esse é exatamente um dos erros comuns no desenvolvimento de pessoas.
O ambiente precisa ser analisado para que as necessidades e gargalos sejam identificados e trabalhados. Caso contrário, corre-se o risco de aplicar estratégias ineficientes e de utilizar recursos sem o retorno esperado.
Sem o comprometimento dos colaboradores, será praticamente impossível alcançar alguns dos benefícios gerados pelo desenvolvimento de pessoas. Muitas vezes, essa falta de engajamento é reflexo da falta de transparência da liderança com os profissionais.
Portanto, é importante que todas as ações e estratégias sejam alinhadas com os colaboradores e que eles participem das decisões. Dessa forma, os funcionários ficam alinhados e têm a percepção de que as suas opiniões e ideias são valorizadas.
Por fim, é necessário colocar a mão na massa. A teoria é importante para aprender como os processos precisam ser implementados, mas não se pode ficar somente nisso. Sendo assim, tome cuidado para não perder muito tempo com teorias em vez de implementar e executar as mudanças propostas no seu plano de desenvolvimento de pessoas.
O desenvolvimento de pessoas é um conjunto de medidas altamente necessário nas organizações. As mudanças do mundo requerem profissionais capacitados e prontos para se adequarem a novas realidades e às inovações. Portanto, estude quais melhorias são necessárias e perceba melhores resultados, comprometimento e competitividade no seu negócio.
Um dos erros durante o desenvolvimento é a falta de engajamento e motivação das equipes. Se você tem passado por esse problema na sua empresa, aproveite para baixar o nosso e-book sobre como manter a sua equipe motivada.