As pessoas pensam de formas diferentes, e é até comum que alguns problemas de relacionamento surjam dessas desigualdades. Os conflitos organizacionais, naturalmente, são parte da rotina de trabalho, mas saber lidar com eles é imprescindível para assegurar a qualidade de vida na corporação e o sucesso do empreendimento.
Se os desacordos não são adequadamente trabalhados, o clima na empresa pode ficar hostil e gerar rivalidades, discussões, revides e ofensas. Minimizar esses problemas envolve habilidade para escutar, autocontrole para distinguir o cenário e disposição para promover diálogo.
Ficou interessado em conhecer dicas valiosas para a administração de conflitos organizacionais sem desespero? Então, você acaba de encontrar o conteúdo perfeito. Confira o artigo de hoje!
Abaixo, você verá 9 pontos fundamentais para gerenciar os conflitos em sua empresa. Confira!
Saber ouvir é o primeiro passo para entender o que está acontecendo. Escute as partes envolvidas, as motivações de cada um, qual foi o problema desencadeado e as consequências que podem surgir da questão.
A disponibilidade para escutar (e só então avaliar com clareza) é o primeiro passo para um posicionamento justo. Muitas vezes, a carga emocional é alta, e é preciso ter discernimento na hora de tomar uma decisão.
E lembre-se: evite ao máximo conceber qualquer julgamento imediatista. Faça o possível para conferir um tom amigável e conciliador à conversa, garantindo mais precisão à administração do conflito.
Analisar é dividir a situação em partes menores, para compreender melhor o todo. Pergunte-se sobre a verdadeira origem do transtorno. Veja qual é a questão real em jogo, pois, muitas vezes, problemas aparentemente pequenos mascaram disputas ou conflitos maiores.
Para empreender um exame detalhado, capaz de fornecer respostas coerentes, certifique-se de observar quem está envolvido e qual foi a contribuição de cada um para que o problema se agravasse.
Perceba, ainda, qual setor (ou etapa do trabalho) foi mais afetado e quais serão as consequências disso. Dependendo do seu parecer, aja rapidamente, buscando solucionar o transtorno e evitar impactos negativos à operação.
Não se esqueça, porém, de que é equivocado e perigoso esforçar-se para procurar um culpado. Mantenha o foco na compreensão do problema e suprima jogos de acusações. Uma postura agressiva apenas contribuirá para alimentar embate, em vez de resolvê-lo.
É muito importante que você busque controlar suas emoções. Em momentos de conflito, pode ser difícil manter-se neutro e coeso, mas faça um esforço para não ser induzido a abandonar o que é racional.
Evite que eventuais discussões sejam levadas para o pessoal e desconsidere falas exaltadas em momentos de grande tensão. É natural que alguns colaboradores se expressem com rispidez diante de uma confrontação direta.
Uma recomendação, porém, é certeira: se todos estiverem excessivamente nervosos ou ansiosos, dê um tempo. Agende encontros individuais ou retome a conversa em outra hora ou outro dia.
Mas não se esqueça: adiar a conversa por um curto período pode ser a melhor alternativa, mas não protele e nem ignore o conflito, pois ele pode reaparecer com mais intensidade e acabar gerando mais complicações.
Caso perceba que alguém está tendo uma conduta realmente problemática, dificultando a solução do conflito, convide-a para uma conversa pessoal e a sós. Nesse momento, é essencial que você aponte as condutas equivocadas e faça críticas construtivas e precisas.
Para evitar ressentimentos, certifique-se de direcionar a crítica ao comportamento, elencando as desvantagens de mantê-lo, e não à pessoa em questão. Assim, você evita que o colaborador fique na defensiva.
Outra boa dica é esquivar-se de acusações. Dependendo do tom utilizado, as insinuações podem provocar a raiva do trabalhador, motivando uma postura ainda mais destrutiva. Mantenha-se firme, mas seja cortês!
Motivar as partes que estão em conflito a dialogar, mediando esse contato, é uma ótima forma de lidar com a questão. Trate os envolvidos com igualdade e dê abertura para ouvir suas sugestões de solução.
O bom diálogo é aquele que permite que todos expressem suas opiniões sem, no entanto, desmerecer ou julgar outro indivíduo. Trata-se, portanto, de uma ação consciente para acalmar os ânimos, conhecer o panorama e, assim, partir para a construção de uma solução definitiva.
Ao promover e facilitar a troca de informações, várias possibilidades viáveis de resolução podem surgir. Já dizia o velho ditado: duas cabeças pensam melhor do que uma! Por isso, permita (e favoreça) a participação de todos na mobilização de esforços para solucionar o conflito.
Como já foi ressaltado, durante a administração de conflitos, é crucial que você busque sempre adotar (e propagar) um comportamento amigável e conciliador, evidenciando total respeito pelas opiniões da equipe.
A liderança está fortemente pautada na capacidade de guiar o time à melhor performance. Para isso, é preciso que você harmonize, em seu próprio jeito de conduzir a questão, o rigor e a suavidade necessários para que se encontre a melhor resolução.
Agora, um apontamento fundamental: caso você tenha tido alguma responsabilidade direta no surgimento do conflito, jamais deixe de assumir o erro. Isso demonstrará humildade, honestidade e comprometimento com o sucesso coletivo, estimulando, em última escala, a reprodução desse comportamento na equipe.
Tente, ao máximo, se colocar no lugar do outro. Você, provavelmente, vivenciou situações parecidas em algum momento da vida. Portanto, não é difícil se ver na posição de quem está em conflito.
Quando você exerce a empatia, faz com que a compreensão de problemas fique mais fácil. Dessa maneira, é possível chegar a soluções inteligentes e que amenizem a situação de todas as partes envolvidas.
Além disso, ser empático reforça que há uma preocupação real em ouvir todos de maneira igual. Afinal, nesses momentos, é muito importante que ninguém se sinta injustiçado ou deixado de lado. Do contrário, a situação ainda ficará em aberto por muito tempo e poderá atingir um outro nível de complexidade.
A administração de conflitos requer que você aplique argumentos consistentes, buscando chegar a uma resolução justa e razoável. Ninguém vence uma situação com agressividade.
É fundamental saber explicar e defender uma ideia e usar todo o seu potencial de persuasão. No entanto, tenha em mente que você não deve reduzir ou diminuir os comentários e sugestões das outras partes envolvidas no conflito.
Saiba ouvir e use a sua capacidade de argumentação para ponderar. Falar com inteligência e moderação ameniza muitas opiniões contrárias. Convencer é uma arte; então, trabalhe suas palavras com bastante inteligência.
Boas empresas contam com diversidade em suas equipes. Isso significa que você trabalhará sempre com pessoas que vêm de diferentes lugares, que tiveram experiências de vida diversas e, portanto, têm personalidades e opiniões próprias.
Mas isso não deve ser um empecilho para a convivência. Aceitar que as pessoas têm visões de mundo distintas é o primeiro passo para começar a trabalhar a sua aptidão social. Muitas vezes, o conflito cessa a partir do momento em que um lado se propõe a analisar melhor a percepção do próximo.
Quando você consegue deixar seus próprios desejos e convicções de lado por um momento para que o outro seja ouvido, passa a ser reconhecido pelo grupo como um mediador de conflitos. Então, ganha confiança e transmite segurança, tornando-se uma inspiração para quem está ao redor.
Ao promover esse espírito de abnegação e entendimento, contribui, ainda, para que o ambiente tenha um clima organizacional melhor e mais tranquilo e mostra que é possível, ao abrir mão de uma convicção, continuar em paz e fazer um bom trabalho, sempre.
Em um primeiro momento pode parecer impossível, mas acredite: você pode usar os conflitos organizacionais de forma positiva. Uma situação de embate tem o potencial de fazer com que o grupo desperte para ações mais criativas e eficazes para realizar suas tarefas.
Uma boa administração de conflitos permite, inclusive, que se tragam a tona alguns problemas existentes, mas adormecidos na empresa — os quais, a longo prazo, podem ressurgir repentinamente e causar danos tanto à convivência como aos resultados do negócio. Portanto, o quanto antes receberem a devida atenção, melhor. Desde que seja bem conduzido, o conflito não gera sentimento de frustração ou raiva na equipe.
Diante de todo o apresentado aqui, é fácil perceber que a gestão de uma empresa (e da respectiva equipe) é um desafio grandioso, principalmente quando divergências entram em cena. Ao lidar com indivíduos essencialmente diferentes, é importante trabalhar para mantê-los engajados em um objetivo comum — e, para isso, a administração de conflitos deve ser uma prioridade da liderança.
Nesse âmbito, é importante ter habilidade para analisar o problema racionalmente, buscando causas, consequências e partes envolvidas no desencadeamento da questão. Ir atrás de culpados não é a melhor alternativa e apenas aumentará a tensão em torno da situação.
Gerenciar os conflitos organizacionais, portanto, envolve muito controle emocional, capacidade de lidar com pessoas e resiliência para promover um ambiente sadio e produtivo. Além disso, é importante ter habilidade para analisar o problema racionalmente, buscando causas, consequências e partes envolvidas no desencadeamento da questão.
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