Embora os jogos, em um primeiro momento, tenham sido criados para entreter as pessoas, logo percebeu-se que o engajamento criado por eles poderia ser usado diretamente para estimular e motivar processos de aprendizagem — o que gerou o conceito de gamificação. Em um contexto corporativo, isso não poderia ser diferente.
“Gamificar” um treinamento corporativo significa fazer o uso da dinâmica ou mecânica dos jogos para engajar os colaboradores em um contexto de aprendizado, tornando a experiência mais produtiva e prazerosa.
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Os jogos naturalmente chamam a atenção dos seres humanos, e isso acontece há muito tempo. Exemplos disso são os primeiros jogos olímpicos, em 1896, na Grécia e até mesmo as lutas de gladiadores promovidas pelos romanos para a diversão dos espectadores.
Foi então que, a partir dessa lógica, um programador e desenvolvedor de jogos britânico criou o conceito de gamificação, muito utilizado em contextos educacionais e corporativos, como já levantamos.
Nos jogos, são trabalhados conceitos relacionados a metas, regras e feedback.
Elas são os motivos pelos quais o jogador está participando do game, as metas podem estar relacionadas desde aos conceitos presentes no dia a dia de trabalho até o desenvolvimento de habilidades, à medida que o jogador passa de fase etc.
Ao estabelecer metas no game, os usuários se tornam mais interessados com a ideia de aprender jogando, criando um senso saudável de competição e a vontade de procurar soluções para os obstáculos propostos.
Definem o comportamento do usuário dentro do jogo, como as dinâmicas a serem seguidas para atingir as metas. Prestando atenção nas regras, o jogador entende melhor aquilo que o ajuda ou não ajuda ao passar de fase.
É importante que o desenvolvimento do jogador seja observado, principalmente para fazer com que ele perceba o que está indo bem e o que está o atrapalhando no processo do jogo.
No contexto organizacional são os gestores que assumem o papel de oferecer esse feedback, de modo que o propósito da atividade seja cumprido.
Se os processos de aprendizagem já vinham obtendo sucesso com o uso da gamificação, por que não utilizá-la também em um contexto corporativo?
Foi justamente o levantamento dessa questão que possibilitou a aplicação do conceito em outros procedimentos, como o treinamento de colaboradores.
Trata-se de um dos aspectos empresariais que mais se beneficiou com o uso da gamificação. Isso porque, por meio dela, os colaboradores tornam-se agentes ativos de seu aprendizado durante os treinamentos, atingindo os objetivos da prática e, é claro, visando as suas recompensas.
O uso da gamificação nas empresas é algo que só traz benefícios para a organização e seus funcionários. Utilizando esse conceito nos treinamentos corporativos, diversas vantagens são geradas por meio de disputas sadias, como raciocínio rápido, desenvolvimento de habilidades, postura estratégica, entre outras.
Quando os colaboradores estão cientes da importância do treinamento corporativo e sabem que serão recompensados de alguma forma ao participarem dele, eles se sentem mais motivados. Além disso, acabam se engajando e se transformam em participantes ativos, absorvendo aquele conteúdo de maneira mais eficaz.
Agora que você já entende o que é a gamificação e qual o seu papel no treinamento de funcionários, chegou o momento de saber quais são os reais benefícios que ela oferece para uma empresa. Veja só!
Não é segredo para ninguém que a competitividade é um dos principais aspectos da natureza humana. Quando incentivada ou adotada de forma saudável, ela pode motivar as pessoas a darem o seu melhor e a se superarem em determinadas situações — e é justamente isso que acontece quando se une gamificação e treinamentos corporativos.
Para uma estratégia eficaz de gamificação em treinamentos, não é preciso estimular essa competitividade de forma direta, elegendo sempre um vencedor em cada etapa. O simples fato de dar um feedback positivo aos participantes que obtiveram as melhores notas, por exemplo, já torna a competição sadia.
Além da competição saudável, há também o sentimento de conquista, que é um estímulo fundamental para que os colaboradores permaneçam ligados ao treinamento e interessados em suas próximas etapas.
Dessa forma, é possível afirmar que a gamificação em treinamentos corporativos auxilia diretamente na melhora da confiança dos funcionários, conforme eles absorvem os conteúdos necessários e vivenciam experiências de aprendizagem vencedoras.
Os games nos desafiam a cumprir suas missões. Não importa se você está ganhando ou perdendo, é natural que seja criada uma competição com nós mesmos — isso é muito positivo no contexto empresarial.
Quando o jogador cria esse senso de cumprimento de desafios, sua vontade é de sempre continuar, estimulando a persistência de reforçar o aprendizado.
Além disso, ao ganhar, são oferecidos mais estímulos para que você persista no game, superando mais dificuldades e provando a si próprio que é capaz de vencer. Já ao perder, o jogador pode tentar de novo, de modo a não se sentir desmotivado diante de conceitos considerados difíceis.
Imagine dois cenários: um treinamento no qual os colaboradores são introduzidos ao conteúdo de forma massante e outro em que os funcionários contam com a oportunidade de absorver o conhecimento de maneira mais leve e eficiente. Qual deles lhe parece mais apropriado?
Um dos principais benefícios da gamificação nos treinamentos corporativos é o fato de que os jogos possibilitam a construção de um ambiente livre e estimulante para o aprendizado, permitindo que o colaborador possa também tomar suas decisões e utilizar suas habilidades.
Um fator fundamental para garantir o uso acertado da gamificação é saber mensurar as estratégias e fornecer o devido feedback aos colaboradores. Isso é importante para dar a eles uma noção de progresso, mostrando aos funcionários se estão indo no caminho certo.
É também preciso lembrar que uma ação de gamificação eficiente é aquela que, para ser feita, inclui uma análise acerca do perfil dos participantes, dos objetivos da empresa e dos fatores mais relevantes para engajar os funcionários a longo prazo.
É claro que, com todas as informações levantadas até aqui, não poderíamos deixar este tópico de lado.
Como toda ação feita dentro da empresa, a implementação da gamificação parte do planejamento, da estruturação e do alinhamento dos gestores para garantir o sucesso da estratégia.
Sendo assim, trouxemos um breve passo a passo de como isso pode ser feito. Vamos acompanhar?
A empresa pode implementar a gamificação como uma prática de treinamento por várias maneiras. Entretanto, é preciso que a organização, por meio do time de RH, monte um projeto alinhado e com a participação de todos os gestores.
Isso facilita a montagem de uma estratégia que dará certo. Nesse sentido, a empresa deve pensar sobre quais as maneiras de incluir a gamificação em sua proposta e de que formas é possível monitorar o recurso.
Após o planejamento, o próximo passo é compreender quem são os jogadores, ou seja, os funcionários que participarão da estratégia e como seus esforços serão utilizados para a resolução de problemas.
Aqui, uma dica é traçar uma persona — perfil fictício que reúne as principais características dos funcionários, bem como suas necessidades, anseios, comportamentos e motivações.
Isso contribui com o desenvolvimento de ideias para a implantação da gamificação de forma com que ela cumpra com seus objetivos e atinja de maneira precisa as expectativas dos jogadores.
Defina qual o problema a ser solucionado pela gamificação, como algum conceito que não está sendo compreendido pelos funcionários ou uma nova ação que será implementada e precisa de treinamento.
Com a missão definida, pense em ideias para o formato do jogo: qual será a história contada, o tema do game, sua estética, suas fases, recompensas, entre outros.
Por fim, vale lembrar que, antes de ser aplicado, o jogo deve ser testado. Ao colocá-lo em prática, seus resultados precisam ser mensurados. Somente assim é possível perceber se a estratégia está funcionando ou se deve sofrer alterações.
Como podemos concluir, os treinamentos que contam com a gamificação podem ser ainda mais eficientes que os tradicionais, já que promovem o acesso ao conhecimento em um formato interativo e bastante integrador.
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