Além de uma obrigação legal prevista na Lei nº 8.213/1991, a inclusão social nas empresas tem um papel muito importante no mercado de trabalho. Afinal, seu objetivo é combater a desigualdade de oportunidades e a exclusão de pessoas que comumente têm uma maior dificuldade de conquistar um lugar devido à idade, gênero, etnia, classe social ou algum tipo de deficiência, por exemplo.
Assim, é um dever das empresas e uma forma de contribuir positivamente para a sociedade. Portanto, quem trabalha com Recursos Humanos precisa estar sempre de olho nas normas inclusivas e promover a integração dessas pessoas dentro da equipe. Quer saber mais sobre o assunto? Continue acompanhando para entender melhor sobre a inclusão social no mercado de trabalho!
Mais que uma obrigação social, a inclusão social no mercado de trabalho também é proveniente de uma determinação legal. Isso porque a Lei nº 8.213/1991, também conhecida como Lei das Cotas, regulamenta que pessoas com deficiência ocupem entre 2 e 5 por cento das vagas em empresas com mais de 100 colaboradores.
Da mesma forma, a Lei nº 12.711/2012 garante uma reserva de vagas para pessoas oriundas do ensino público, de baixa renda e que se enquadrem em critérios étnicos. Tudo isso para facilitar o ingresso no mercado de trabalho.
Assim, em linhas gerais, a inclusão social é um conjunto de regras que buscam combater a exclusão de certos grupos que podem sofrer discriminação por diversos motivos.
Uma equipe diversificada e com forte senso social fortalece sua imagem no mercado e contribui para atrair maiores oportunidades. Afinal, um grupo unido, com líderes empáticos e dignos de admiração, é mais engajado, motivado e produtivo.
Mas como fazer isso dentro da sua empresa? Veja abaixo algumas dicas que separamos para trabalhar a inclusão com sucesso.
Para que a inclusão social no mercado de trabalho seja aplicada com sucesso, é importante que o processo de recrutamento e seleção seja adaptado para essa realidade, seguindo diretrizes que não levem à discriminação.
Isso inclui eliminar requisitos que não sejam indispensáveis e utilizar linguagem clara e simples na hora da divulgação. Com isso, o candidato poderá ser analisado apenas por suas competências técnicas.
Ter uma rotina de capacitações e treinamentos é essencial para que os colaboradores sejam sempre atualizados e qualificados. Assim, para que os objetivos sejam alcançados e a concorrência fique sempre para trás, você precisa de uma rotina dinâmica e regular.
Ela vai contribuir também para igualar os membros da equipe. Assim, todas as pessoas poderão realizar suas atividades laborais com as mesmas condições, apesar das diferenças.
As palestras são essenciais para promover o acolhimento dos novos membros e conscientizar a equipe sobre a importância da inclusão social no mercado de trabalho. Com isso, os líderes e colaboradores vão conseguir ver essa demanda de forma positiva.
O departamento de Recursos Humanos deve se apropriar da responsabilidade por essa conscientização, desmistificando e evidenciando que apostar na diversidade vai muito além de cumprir uma obrigação legal.
A prática promove um aumento da produtividade e do engajamento, dando uma oportunidade a pessoas que desejam mostrar seu comprometimento e dar o máximo de si, promovendo uma melhora na atmosfera organizacional.
Para que suas ações tenham os resultados esperados, é importante inserir a inclusão como parte dos valores da organização. Ela precisa ser cultivada em todos os setores e nas diferentes esferas hierárquicas, para que, com o tempo, se torne natural e intuitiva.
Portanto, é importante trabalhar no sentido de incentivar a incorporação da diversidade na cultura organizacional. Com isso, líderes, gestores e colaboradores poderão contribuir com o RH para aprimorar as políticas inclusivas, assim como apresentar novas ideias.
Isso é interessante, pois leva a preocupação para todos os setores, garantindo processos inclusivos mais fluidos e uma adaptação mais simples para as pessoas que integrarem a equipe por meio desses programas de inclusão.
Outro ponto que merece destaque quando o assunto é inclusão é a criação de políticas que combatam ativamente a discriminação. Para que suas ações funcionem, é necessário que qualquer ato discriminatório seja considerado intolerável.
Apenas com o repúdio à discriminação será possível que a cultura da inclusão ganhe espaço e a diversidade seja abraçada pela equipe.
Uma das atribuições do RH é justamente criar uma política que combata a discriminação e zelar para que seja aplicada corretamente. As normas internas vão ajudar a evitar julgamentos e atitudes que possam afetar o clima organizacional e atrapalhar o rendimento e a realização das tarefas.
O primeiro passo para mudar a mentalidade da equipe é trabalhar com seus líderes. Afinal, são eles que fornecerão as diretrizes para o comportamento dos demais colaboradores. Se os gestores acham ações discriminatórias aceitáveis, vai ser muito difícil que os demais internalizem as ideias inclusivas. Afinal, eles servem como inspiração para seus colaboradores.
Nesse sentido, a mudança precisa acontecer de cima para baixo. Pessoas em cargos de liderança devem ser as primeiras a praticar o não julgamento e a aceitação. Por meio de um bom exemplo, fica muito mais fácil vencer o preconceito.
Após a realização de todos os esforços no sentido de implementar uma cultura inclusiva na organização, é importante verificar se ela está sendo efetiva.
Portanto, olhe para os quadros de funcionários e verifique se todos os setores estão inseridos no contexto da diversidade. Veja também se estão, de fato, sendo inclusivos. Esse tipo de monitoramento é necessário para demonstrar que a empresa realmente se importa com a causa e não está apenas cumprindo uma determinação legal.
A inclusão social no mercado de trabalho, você já sabe, consiste em um cumprimento normativo. Trata-se, porém, de uma responsabilidade com o próximo, de forma a proporcionar equidade de oportunidades para aqueles que não se enquadram no padrão. E o setor de RH tem papel determinante para propagar essas ideias dentro da empresa e zelar pela sua aplicação na prática.
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