Nos últimos 20 anos, a gestão de pessoas ganhou proeminência no mundo dos negócios. Mais processos, métodos e tecnologias foram desenvolvidos para o RH, no intuito de torná-lo estratégico e competitivo. Paralelamente, a liderança em RH precisou evoluir.
Atualmente, o líder de RH deve contar com um conjunto avançado de competências, tanto técnicas quanto comportamentais. Precisa saber falar bem e gerenciar suas emoções, assim como analisar dados e utilizar tecnologias. Assim, seus resultados são potencializados.
Nos tópicos seguintes, explicamos 7 características indispensáveis da liderança em RH e como desenvolvê-las, na prática. Portanto, continue atentamente com a sua leitura!
O gestor de RH precisa liderar pessoas, além de gerir processos e tecnologias. Ao longo do expediente, tais tarefas podem não ser fáceis e causar altos níveis de estresse. Para manter o controle e garantir boas entregas, é indispensável contar com a inteligência emocional.
Em resumo, trata-se da capacidade de conhecer e liderar bem a si próprio, mesmo nos momentos mais desafiadores, assim como reconhecer e analisar as emoções de outras pessoas. Essa inteligência também é chamada de quociente emocional (QE).
A inteligência emocional conta com cinco pilares, são eles: autoconhecimento, autorregulação, empatia e motivação própria, além de habilidades sociais. Na medida em que esses pilares são melhorados, o líder de RH pode se considerar mais inteligente em termos emocionais.
Com o tempo, o RH se posicionou como um setor estratégico. Hoje, ele é responsável por trabalhar a cultura organizacional, atrair os melhores talentos e formar equipes grandiosas, além de desenvolver outros líderes. Para tanto, é crucial criar uma visão sistêmica.
Pense nela como a competência de ver como as coisas (pessoas, processos e situações) se conectam para promover resultados finais. Na prática, toda a empresa é um sistema que se conecta com aspectos internos e externos, sendo importante que a liderança em RH entenda esse sistema e utilize-o em benefício do empreendimento.
Para desenvolver essa visão sistêmica, é preciso pensar estrategicamente e ter curiosidade. Analisar como as coisas acontecem, o que influencia em que e como pequenas mudanças podem afetar toda a cadeia. Assim, com o tempo, a visão sistêmica será aguçada.
Ao longo do expediente, o líder de RH toma uma série de decisões importantes. Quem contratar ou demitir, qual treinamento promover e como posicionar a marca empregadora da empresa são bons exemplos. Para fazer boas escolhas, é preciso analisar dados.
A capacidade de análise de dados depende de um fluxo de trabalho que envolve a coleta, a organização e a efetiva avaliação das informações. Com o surgimento de tecnologias de automação, como softwares de recrutamento inteligente, todo o trabalho fica mais fácil e dinâmico.
Nesse caso, a liderança em RH já conta com relatórios consolidados e completos, cabendo a análise dos dados, no intuito de extrair insights, identificar padrões ou gargalos que devem ser corrigidos. Dessa maneira, há mais segurança na tomada de decisões sobre o setor.
Uma competência realmente útil é a capacidade de comunicação. Ao longo do expediente, o líder de RH precisa conversar com profissionais de diferentes níveis e áreas, o que exige bastante proficiência, além de habilidade de interpretação.
Não é difícil que o gestor da área faça a mediação de negociações, introduza palestras, reúna-se para dar feedbacks e lidere reuniões com times de trabalho. Em todos os casos, uma boa comunicação faz grande diferença e pode determinar os resultados finais.
Para desenvolver essa competência, é importante pensar em duas coisas: é preciso falar com clareza e no nível do receptor da mensagem, nunca o contrário, e é crucial saber ouvir as pessoas e entender o que elas realmente querem falar.
Hoje, muitos dos processos de RH são digitais. Por exemplo, a busca por profissionais com alinhamento à cultura organizacional (o chamado fit cultural) ocorre por meio de entrevistas online e dinâmicas digitais. Por esse motivo, é preciso ter disposição para lidar com a tecnologia.
Ela pode ser definida como a capacidade de aprender, desaprender e reaprender. Rotineiramente, o líder precisa aprender a manusear softwares, depois precisa utilizar novas versões ou, até mesmo, lidar com sistemas completamente novos.
O ponto é que, por maior que seja seu conhecimento tecnológico, o líder de RH dificilmente terá domínio suficiente. Sempre existirá uma nova versão ou uma tendência que será adotada ao RH — e o líder deve nutrir a disposição para aprender a utilizá-la.
O líder de RH deve ser polivalente. Ele precisa solucionar problemas de diversas áreas, com diferentes profissionais e em momentos variados. Por vezes, precisa fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo — sem deixar de lado a precisão e a disposição.
Parece uma tarefa difícil, mas não é. Exatamente por isso, a proatividade é indispensável. Os melhores líderes de RH conseguem fazer muitas coisas e entregar ótimos resultados. Sem isso, poderiam “travar” a gestão de pessoas e o funcionamento da empresa.
Felizmente, com experiência e disposição, a proatividade acaba sendo desenvolvida naturalmente. Torna-se cada vez mais fácil lidar com vários desafios ao mesmo tempo e, ainda, entregar soluções satisfatórias. Desse modo, toda a empresa é beneficiada.
Até aqui, falamos de tecnologias, métodos e dados, bem como as competências necessárias para lidar com tudo isso. É preciso ressaltar, porém, que o principal insumo do RH são as pessoas, e seu líder deve ter um interesse autêntico nelas. Caso contrário, nada feito.
É esse interesse que possibilita o crescimento da liderança em RH, bem como a construção de vínculos duradouros com outros profissionais. Sem ele, o líder pode ter dificuldades para se aproximar dos talentos, entender suas necessidades e propor soluções consistentes.
Lembre-se de que o setor conta com diversas tarefas, como gerenciar benefícios para colaboradores, promover treinamentos e contratar talentos. Para que tudo isso seja bem-feito, a liderança em RH precisa contar com competências básicas, como inteligência emocional, visão sistêmica e capacidade de análise de dados.
Gostou do nosso artigo, certo? Vale ressaltar que a satisfação da equipe é um importante indicador da qualidade da liderança em RH. Aproveite, então, para descobrir como medir e garantir a felicidade no local de trabalho!