Você já ouviu falar em “mentoring”? Nos últimos anos, cada vez mais organizações têm apostado no programa de mentoria como método para disseminar o conhecimento interno e promover o desenvolvimento pessoal e profissional de seus colaboradores.
Considerando objetivos de curto e médio prazo, esse tipo de programa vem ganhando a adesão dos setores de RH e sendo aplicado em diferentes formatos nos negócios. Benéfico para os indivíduos e para as empresas, a prática se reflete em resultados como aumento da produtividade, menos custos com treinamento e capacitação estratégica do time.
A seguir, esclareça suas principais dúvidas sobre o programa de mentoria, suas vantagens e como aplicá-lo com sucesso na sua organização!
De cunho corporativo, o programa de mentoria é uma espécie de tutoria, na qual um profissional com mais experiência dedica seu tempo e seus conhecimentos para orientar e aperfeiçoar profissionais mais jovens e com menos bagagem.
Nessa dinâmica, os profissionais mais experientes (chamados de “mentores”) compartilham com os profissionais mais jovens (os “mentorados”) suas vivências e seu conhecimento, possibilitando o desenvolvimento de suas carreiras e o alcance dos seus objetivos de vida.
Vale lembrar que ambos os envolvidos no mentoring se beneficiam do processo, que promove uma troca enriquecedora de ideias e experiências. Com o apoio do seu mentor, o mentorado tem a oportunidade de refletir sobre a sua trajetória profissional, identificar seus pontos fortes e fracos e aperfeiçoar o que pode ser aprimorado.
Com essa análise, os gestores podem discutir estratégias e ações para alavancar o desenvolvimento dos mentorados, explorando o máximo do seu potencial.
As etapas são:
Propiciando diversos benefícios para os profissionais e para a organização, conforme veremos a seguir, o programa de mentoria pode ser implementado com variados objetivos. Os mais comuns são:
Nesse ponto, é importante destacar a diferença entre o programa de mentoria de outra prática bastante difundida nas empresas: o coaching.
Enquanto o coaching visa desenvolver as competências e habilidades para atingir um determinado objetivo, o profissional responsável por guiar o processo (o coach) não precisa de nenhuma formação ou experiência em uma dada área de atuação. Ele também não vai fornecer soluções para possíveis inquietações de carreira — no coaching, é pressuposto que a pessoa orientada já tenha essas respostas e soluções em si mesma, que serão apenas “despertadas”.
Por sua vez, a mentoria se utiliza de um mentor ou profissional que é especialista em uma determinada área de atuação, baseando-se em aconselhamento e troca de experiências. Dessa forma, a figura do mentor é tida como referência do aprimoramento.
Um dos maiores trunfos do programa de mentoria é trazer benefícios para todas as partes abrangidas: os mentorados, os mentores e a própria organização.
No que diz respeito aos mentorados, os ganhos são óbvios, certo? Ao serem orientados, esses profissionais têm acesso direto a toda bagagem e conhecimento dos mentores, que são fruto de toda uma trajetória de erros, acertos e experiências acumuladas em uma função.
Por sua vez, o processo também é benéfico para os mentores, os profissionais mais experientes. Ao atuarem como figuras de autoridade na jornada do mentoring, essas pessoas são imediatamente valorizadas em sua experiência, obtendo motivação e satisfação pessoal ao contribuírem com a evolução de outros profissionais.
Nesse cenário, além de ganharem prestígio e reconhecimento dentro e fora da empresa, os mentores (que atuam em posições de liderança) também serão influenciados sem sua autoestima, o que gerará um clima organizacional mais positivo e eficiente no dia a dia.
Veja as principais vantagens do programa de mentoria:
Agora que você sabe a importância do programa de mentoria, veja como implementá-lo em 8 passos simples.
Como não poderia deixar de ser, o primeiro passo é definir os objetivos a serem alcançados com o programa de mentoria. A ideia é capacitar novas lideranças? Reter talentos? Difundir o conhecimento interno? Integrar novos colaboradores?
A aplicação bem-sucedida do mentoring depende, é claro, de dados iniciais para medir os resultados posteriormente. Com base nos objetivos e no que precisa ser melhorado ou alcançado, avalie a situação atual e defina métricas para mensurar o “antes” e “depois” da prática.
Nesse momento, uma excelente ferramenta para captar as informações necessárias é o people analytics.
É o momento de criar e preparar uma equipe de supervisores de relacionamento, que vão acompanhar e apoiar a interação entre os pares de mentores e mentorados ao longo de todo o processo.
Com a ajuda do time de suporte que já foi criado, é fundamental colocar o planejamento do programa no papel. Nessa etapa, alguns pontos a serem definidos são:
Após o planejamento, é preciso selecionar quem são os colaboradores a serem desenvolvidos e quais têm a bagagem necessária para capacitar esses talentos.
Uma estratégia interessante, aqui, é selecionar primeiro os mentorados. Trata-se daqueles profissionais que precisam e que desejam se aprimorar em uma dada área de conhecimento, habilidade ou função. A partir dessa definição, parta para a escolha dos mentores, que devem ser identificados com base nas necessidades e demandas dos mentorados.
Essa é uma fase de preparação para a mentoria propriamente dita. O treinamento, nesse sentido, deve ser diferenciado para mentores e mentorados. Enquanto os primeiros devem ser habilitados com técnicas eficientes para transmitir da melhor forma seu conhecimento, os últimos devem ser preparados para absorver e aproveitar ao máximo o conteúdo.
Essa é provavelmente a fase mais delicada de todo o programa. Afinal de contas, estamos falando de interação humana e do nível de “química” entre duas pessoas, ou seja, mentor e mentorado.
Embora não haja nenhuma técnica específica que garanta 100% de sucesso na formação de parcerias, vale a pena apostar em uma ferramenta interessante: aplique entrevistas e formulários para os participantes, identificando perfis comportamentais e a contribuição de cada um para o processo.
Dessa forma, com base nos dados obtidos, é possível formar pares mais acertados e que se complementem entre si, eliminando erros na formação.
Após a execução da mentoria, é fundamental resgatar objetivos e métricas definidos anteriormente e analisar os resultados alcançados. Nesse momento, é importante considerar a avaliação realizada pelos supervisores, pelos próprios mentores/mentorados, pelos gestores dos mentorados e pela própria organização, investigando a efetividade do programa.
E então, gostou deste conteúdo? Esperamos que as nossas dicas para implementar um programa de mentoria eficiente sejam úteis para a difusão de conhecimento na sua empresa e para o desenvolvimento dos seus talentos. Para se aprofundar no tema dos treinamentos corporativos, confira nosso conteúdo sobre os benefícios da gamificação!