Um pacote de benefícios é uma estratégia poderosa na área de Recursos Humanos. Nesse sentido, oferecer vale-refeição (VR) aos colaboradores é, basicamente, inevitável para reter talentos e ainda garantir a participação da empresa no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), que fornece benefícios fiscais às companhias participantes.
Esse auxílio pode contribuir - e muito! - para a satisfação do time. Mas para que o famoso VR seja realmente positivo, é imprescindível calcular o valor disponibilizado de forma correta. Vamos entender como fazer isso?
Entendendo o vale-refeição
Primeiramente, é necessário distinguir o vale-refeição do vale-alimentação. Enquanto o VA é usado para a compra de alimentos em supermercados e estabelecimentos similares, o VR é destinado para as despesas com refeições em restaurantes ou lanchonetes.
Tendo em mente o objetivo do vale-refeição, as vantagens em disponibilizá-lo para o seu time podem ser inúmeras. Ele contribui ainda para o bem-estar dos colaboradores, garantindo uma alimentação adequada e prática durante o expediente – um fator que contribui para aumentar a satisfação e a produtividade no trabalho. Todo mundo sai ganhando!
Além desse diferencial competitivo como empregadora, oferecer um dos dois auxílios - VA e VR - ajuda a empresa a se tornar elegível ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Ao fazer parte deste programa, a companhia pode usufruir de benefícios fiscais, como isenção do FGTS e INSS, além da possibilidade de reduzir o valor do VR do imposto de renda.
Como calcular o vale-refeição
Pensando na satisfação da equipe, um dos pontos mais importantes é considerar um valor realista para o benefício. Como o VR será utilizado principalmente em restaurantes e lanchonetes, é preciso consultar a média de valores praticados na região onde os colaboradores trabalham. Isso garante que o saldo disponibilizado seja suficiente para cobrir as despesas com refeições no dia a dia.
Com isso em mente, chegou a hora de calcular o benefício:
- Estabeleça os preços médios das refeições na região: utilize ferramentas online, aplicativos de delivery ou visite estabelecimentos locais para ter uma ideia dos valores praticados. Para o nosso exemplo, vamos usar a média de R$30 por refeição.
- Defina a quantidade de refeições por mês: leve em consideração o número de dias úteis no mês e quantas refeições os colaboradores costumam fazer durante o expediente. Aqui, vamos considerar apenas o almoço.
- Calcule o valor do VR: com base no valor médio gasto por refeição, basta multiplicar o número de dias úteis pelo valor das refeições. Num mês com 23 dias úteis, considerando arcar os custos com o almoço, o valor seria de R$690 (23xR$30 = 690).
Conforme os preços dos alimentos e as necessidades dos colaboradores mudam, é importante revisar o valor do vale-refeição e garantir que ele continue adequado e atrativo. Outro ponto é não esquecer de descontar feriados e dias de férias.
É possível flexibilizar o vale-refeição?
O vale-refeição é destinado especificamente para uso em restaurantes e lanchonetes, proporcionando aos colaboradores a oportunidade de fazer suas refeições durante o expediente de trabalho com mais comodidade. Porém, para oferecer uma maior versatilidade de uso, é possível utilizar cartões flexíveis que combinam vale-alimentação também.
Essa decisão pode ser benéfica para a satisfação do seu time, mas é importante ter cuidado. Isso porque certas modalidades de cartões flexíveis podem tornar a empresa inelegível para participar do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), perdendo as vantagens fiscais. Esse é o caso dos cartões ultra flexíveis, que permitem categorias de gastos além da alimentação, como educação, auxílio home office e até cultura – fique de olho!
A melhor solução, portanto, é usar cartões flexíveis que abrangem apenas as modalidades de VA e VR. Dessa forma, os colaboradores ainda desfrutam da praticidade e da liberdade de escolha, sem quebrar as regras do PAT e cartão alimentação.
💡 Fique por dentro: confira nosso guia para gestão do Vale-alimentação e vale-refeição.
Ofereça benefícios relevantes!
O auxílio alimentação é um dos benefícios mais queridos pelos profissionais, pois contribui para o seu bem-estar e qualidade de vida – além da economia, é claro. Mas é preciso ficar atento para que o benefício esteja alinhado com as rotinas e necessidades dos colaboradores, sendo eficaz de verdade.
Investir no bem-estar do time é uma iniciativa que traz retornos positivos para a empresa como um todo. Pensando nisso, não deixe de se aprofundar em boas práticas de gestão e surpreender ainda mais os colaboradores com soluções de benefícios inovadoras!