Saiba como fazer o cálculo de depreciação de veículo da sua frota

Sem Parar Empresas: homem analisando pneu de caminhão para fazer cálculo de depreciação de veículo

O cálculo de depreciação de veículo é uma ferramenta importante para analisar a condição da frota, saber a hora certa de trocar os caminhões e se vale a pena o investimento em determinado modelo. Você, como gestor de frota, deve ter o domínio dessa conta para garantir mais segurança e economia na operação.

Por isso, criamos um guia sobre o assunto e ensinamos como usar o cálculo de forma prática na sua empresa. Boa leitura!

 

O que é o cálculo de depreciação de veículo?

Quem já vendeu um veículo sabe que o valor de revenda é mais baixo que o de compra. É normal que um automóvel ou caminhão passe a valer menos assim que deixa a concessionária ou fábrica, pois o mercado entende que ele passará a ser usado e a sofrer depreciação. O cálculo estima quanto o veículo perderá de valor de revenda perante o mercado em determinado tempo.

Para quem acha que a desvalorização é somente um artifício do mercado automotivo, é preciso ir um pouco mais a fundo. A ideia geral desses cálculos é tentar mensurar e precificar a vida útil de um automóvel, seja ele qual for.

Como sabemos, um veículo sofre um desgaste inerente ao estar em funcionamento. E é exatamente por essa razão que carros (ou caminhões) com maior quilometragem valem bem menos que quando novos.

Para quem é dono de frota, essas informações são ainda mais importantes, uma vez que elas podem ajudar a antecipar a troca do veículo e a evitar perdas financeiras enormes com manutenções não planejadas.

Sempre que há a compra de um veículo usado, é de responsabilidade do gestor (e até mesmo do condutor comum) fazer toda a manutenção preventiva para evitar quebras e demais problemas que possam impedir o automóvel de rodar. Vale ressaltar que podemos prever os custos aproximados quando fazemos uma análise do estado do veículo e comparamos com as revisões realizadas (ou não) no passado.

 

Para que serve esse cálculo?

Todo gestor sabe que a manutenção de veículos é indispensável para que a operação funcione com segurança e eficiência. Entretanto, com o tempo, os caminhões vão gerar mais gastos com reparos até o momento em que é mais vantajoso fazer a renovação da frota. O cálculo de depreciação diz exatamente quanto é preciso reservar por mês para realizar a troca do veículo quando necessário.

 

Como fazer o cálculo?

Basicamente, existem duas formas de calcular a depreciação de um veículo: a gerencial e a contábil. A escolha do método de cálculo deve ser avaliada de acordo com o tamanho da sua operação e o perfil da empresa. Entenda como cada um deles funciona.

Cálculo gerencial

Para usar esse método, você precisa saber o valor pago pelo veículo, o tempo pelo qual pretende usá-lo e o valor pelo qual pretende vendê-lo. Vamos a um exemplo prático.

Você comprou um caminhão por R$ 100 mil e pretende usá-lo por 5 anos (60 meses). Ao pesquisar na tabela FIPE, você viu que, pelo modelo e pelo ano, poderá vendê-lo por R$ 80 mil. Para calcular a depreciação, você deve fazer a diferença entre o valor de compra e o de venda, depois dividir pelos meses de uso:

  • R$ 100.000 – R$ 80.000 = R$ 20.000
  • R$ 20.000/60 = R$ 333

Esse é o valor que você deve guardar todo mês para fazer a troca do veículo ao final dos cinco anos de uso.

Cálculo contábil

Esse método de cálculo, adotado por grandes empresas, é um pouco mais complicado e feito com base nas normas contábeis e nas regras definidas pela Receita Federal. No caso, o órgão diz que a taxa de depreciação de veículo de carga é de 20% ao ano, o prazo de depreciação desse veículo é de 5 anos e o valor residual é de 20%.

Utilizando o exemplo anterior, o caminhão de R$ 100 mil sofrerá 80% de depreciação, já que o valor residual é de 20% e sofrerá depreciação de R$ 80 mil em 5 anos, sendo 20% (R$ 16.000) a cada ano. Ou seja, R$ 1.333 por mês (R$ 16.000/12).

Esses percentuais foram um exemplo. Para fazer o cálculo real, consulte a tabela de depreciação da Recita Federal.

 

Por que é importante?

Grande parte dos motoristas autônomos e dos gestores de pequenas frotas não se preocupam com o valor de depreciação e acabam não incluindo esse custo no cálculo do frete, o que é um grande erro. Frotas sucateadas dão prejuízo. Por isso, é importante saber sobre a depreciação e avaliar a melhor forma de incluir esse gasto na operação.

É bom frisar que nenhum automóvel é eterno. Em algum momento, todos precisarão ser trocados por modelos mais novos, mais modernos e com mais desempenho para o trabalho ou para o deslocamento. Ter isso em mente é importante para entender que cada veículo da frota é uma ferramenta, e não necessariamente parte do patrimônio da companhia.

Boas práticas de gestão de frota já levam em conta essa máxima para, ao longo do tempo, conseguir pagar e renovar os veículos de maneira regular. Não se esqueça de que veículos mais novos são mais seguros, confortáveis e confiáveis. Por essa e por outras razões que o cálculo de depreciação de veículo é tão importante. Lembrando que essas dicas também valem para qualquer motorista que busca ter um bom automóvel.

 

Como evitar a depreciação de um veículo?

A seguir, veja dicas para evitar a depreciação de veículos e seus consequentes impactos.

Estude e escolha bem a montadora

Não há como controlar todos os fatores que envolvem a depreciação. A aceitação de determinada marca, por exemplo, pode ter grande influência com o passar dos anos. Esse é um dos elementos externos que podem alterar o valor de mercado do seu automóvel.

Outros fatores semelhantes incluem a saída de uma montadora do país e a falta de autopeças. Essas duas circunstâncias também tendem a afetar bastante o modo como as pessoas olham para o carro e para a marca em questão. Assim, o valor dos veículos ao longo dos anos pode cair vertiginosamente.

Por isso, observar a relevância e a confiança do público geral em uma montadora também é relevante para tentar reduzir a depreciação. Uma pesquisa de mercado pode facilmente apontar quais são os modelos e as marcas que menos desvalorizam com o tempo.

Faça as revisões preventivas

A desvalorização pode ser razoavelmente controlada com bons cuidados mecânicos. Veículos com a manutenção preventiva em dia, documentadas no manual e feitas por uma oficina autorizada pela montadora costumam reter bem mais de valor de mercado.

Isso se dá pelos cuidados contínuos que evitam desgastes excessivos de componentes mecânicos e pelo peso que a mão de obra especializada proporciona. Vale destacar que manutenções em oficinas tradicionais também têm seu valor. O importante é guardar a documentação para comprovar que as revisões automotivas foram feitas.

Cuide das partes externa e interna do automóvel

Além desses cuidados com a mecânica, as partes externa e interna do veículo fazem total diferença. Por isso, preze a pintura, o estofado, as rodas e todos os opcionais que os automóveis da sua frota tiverem.

Quanto mais bem cuidado e com aspecto de novo, maior será a retenção do valor na hora da venda. E isso vale para frotas e para o motorista comum que busca ter melhores condições de revenda no futuro.

O cálculo de depreciação de veículos é um critério que precisa da atenção do gestor, pois pode causar grandes impactos no lucro da empresa. Esperamos que agora você avalie esse custo na sua operação.

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