Como calcular o custo do vale-alimentação dos colaboradores?

Homem e mulher em supermercado escolhendo produtos que entram no custo do vale-alimentação da Sem Parar Empresas

O vale-alimentação é um benefício oferecido pelas empresas aos seus colaboradores para auxiliar nas despesas com alimentação. Na prática, ele é uma ferramenta eficaz para promover o bem-estar dos funcionários, auxiliando no acesso à compra da melhor cesta básica para o seu dia a dia. Além disso, é uma prática que contribui para manter a equipe mais motivada e satisfeita.

O cálculo do valor do vale-alimentação não apresenta complexidade, mas deve ser coerente com o orçamento disponível e, é claro, os custos médios com alimentos da região. Levar em conta os preços dos produtos e o valor que a sua organização pode investir faz toda a diferença no sucesso da estratégia de benefícios.

 

O vale-alimentação é obrigatório?

Não, o vale-alimentação não é obrigatório. Ele é facultativo, exceto em situações específicas que envolvem acordos sindicais ou convenções coletivas.

Para as organizações que optam por oferecer o vale-alimentação, existe o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT). Criado pelo Governo Federal, ele tem como objetivo incentivar a oferta de alimentação aos colaboradores. E, ao aderi-lo, algumas regras devem ser seguidas:

  • Participação voluntária: a adesão ao PAT é voluntária para a empresa;
  • Percentual do benefício: o valor do benefício deve ser equivalente a no máximo 20% do salário dos colaboradores;
  • Equidade: o benefício deve ser oferecido de forma equitativa a todos os colaboradores, sem discriminação;
  • Participação dos colaboradores: pode haver uma participação dos funcionários no custeio do benefício, desde que não ultrapasse 20% do valor;
  • Fornecedores credenciados: os estabelecimentos onde o vale-alimentação pode ser utilizado devem ser credenciados junto ao PAT.


💡Você pode se aprofundar mais em como funciona o PAT e cartão alimentação!

 

Como calcular os custos do vale-alimentação?

O custo é variado, mas uma dica é acompanhar a média de preço dos produtos dos mercados da região para que o benefício seja coerente. Por exemplo, em agosto de 2023, o valor da cesta básica em Salvador (BA) era de R$553,64, enquanto o mesmo período em Porto Alegre (RS) registrava média de R$777,16. Logo, a base de cálculo em cada uma dessas cidades é diferente. 

Vale lembrar que as empresas que aderem ao Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) podem deduzir parte dos custos do vale-alimentação do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Isso proporciona benefícios fiscais significativos.

Veja a seguir um passo a passo para calcular os custos do vale-alimentação na folha de pagamento:

  1. Multiplique o número de dias trabalhados pelo valor do benefício diário correspondente. O resultado obtido é o valor a ser concedido. 

  2. Aplique as deduções fiscais (para empresas no PAT). Se a empresa aderiu ao PAT, calcule as deduções fiscais que podem ser aplicadas com base no valor do benefício oferecido.

  3. Inclua o valor do vale-alimentação como um item separado na folha de pagamento dos colaboradores, deixando as informações transparentes. 


É importante destacar que o vale-alimentação é um benefício atrelado aos dias efetivamente trabalhados. Ao contrário do salário, ele pode ser deduzido, mesmo em situações de ausência justificada.

Além disso, é uma prática recomendável para as empresas não descontar mais do que 20% do salário do colaborador para o vale-alimentação. Ao oferecer um benefício significativo e manter um desconto proporcionalmente baixo, a satisfação e a motivação da equipe tendem a ser maiores, o que é vantajoso para todos.

 

O cálculo é válido apenas para o custo do vale-alimentação?

É importante também entender a diferença entre o vale-alimentação (VA) e o vale-refeição (VR). Enquanto o VA é destinado à compra de alimentos em supermercados, o VR é direcionado para refeições em estabelecimentos gastronômicos e/ou delivery. A lógica para calcular o VR é bastante similar, porém a pesquisa de preços deve ser realizada em locais como restaurantes da região, ao invés de supermercados.

Além do VA e do VR, há a possibilidade de oferecer benefício flexível, que proporciona a liberdade de escolher como utilizar. Ou seja, o colaborador pode direcionar o cartão para ser um auxílio alimentação em supermercados ou desfrutar de refeições em restaurantes, de acordo com suas necessidades e preferências.

💡 Confira as melhores práticas para sua Gestão de benefícios.

Inclua benefícios de alimentação na sua empresa!

Oferecer auxílio alimentação, seja por meio de VA, VR ou opção flexível, é essencial para garantir o bem-estar e a satisfação dos colaboradores. Esse benefício não apenas ajuda a suprir suas necessidades básicas, mas também demonstra o cuidado da empresa com o seu pessoal, promovendo um ambiente de trabalho mais motivador.

Para saber mais sobre como implementar e gerenciar auxílios de forma eficaz na sua empresa, é sempre importante estudar a fundo esse tema. Com as estratégias adequadas, você poderá construir uma política de benefícios que auxilie na retenção de talentos e contribua para o sucesso da organização.

Destaques

Síndrome de burnout: tudo o que você precisa saber sobre o tema
Sem Parar Empresas: Síndrome de burnout: tudo o que você precisa saber sobre o tema
8 - Junho - 2020

Síndrome de burnout: tudo o que você precisa saber sobre o tema

Trabalhar bastante, se preocupar com entregas e prazos, respeitar seus próprios limites e ainda lidar com o estresse do dia a dia — o que tu…

Receba nossa newsletter

Gestão de veículos