Um bom plano de carreira é um dos fatores determinantes para a atração e para a retenção dos melhores talentos. Afinal, de modo geral, à medida que os profissionais que integram o quadro de pessoal de uma empresa percebem que a sua dedicação é valorizada e que eles têm chance de crescer na organização, a tendência é de que se tornem mais produtivos, engajados e motivados — o que, consequentemente, impacta positivamente os resultados corporativos.
No entanto, o modelo tradicional, no qual a evolução do trabalhador é linear, com um único caminho possível, tem perdido espaço para outros formatos, como o plano de carreira em Y.
Neste post, o nosso objetivo é detalhá-lo, ajudando-o a entender do que se trata, de que forma se diferencia de outros tipos, para quem é mais indicado, entre outros pontos igualmente relevantes para a sua implementação. Continue a leitura!
Atualmente, o plano de carreira em Y é um dos principais modelos de ascensão profissional adotados em âmbito empresarial, já que oferece mais flexibilidade aos colaboradores. Anteriormente à sua criação, o plano de carreira tradicional era vertical e, como dito, linear. Ou seja, em regra, os trabalhadores só tinham a chance de alcançar promoções dentro da mesma área de atuação, conforme as exigências das posições, mas, normalmente, para cargos de gestão.
Então, resumidamente, os colaboradores que atuavam em posições menos estratégicas se desenvolviam ao longo do tempo e chegavam a cargos mais altos, o que, em grande parte dos casos, levava-os a ocupar vagas gerenciais. Na prática, pode-se dizer que só existiam três possibilidades: manter-se estagnado, crescer ou buscar oportunidades externas.
Com a adoção do plano de carreira em Y, porém, os profissionais passaram a ter dois percursos rumo à evolução: assumir uma posição gerencial ou partir para um cargo de especialista. O fato é que esse modelo é bifurcado — o que é simbolizado pela letra “Y” —, levando em consideração que nem sempre os talentos almejam cargos de liderança.
Assim, ambos os caminhos oferecem condições equivalentes em termos de recompensa salarial e reconhecimento, não havendo quaisquer prejuízos, e os colaboradores que se identificam com funções mais técnicas também têm a possibilidade de crescer.
É interessante pontuar que o plano de carreira em Y não é o único formato que foge do “padrão linear” inerente aos convencionais. O método em W, por exemplo, é outra opção,
Nesse modelo, a trajetória do colaborador, na verdade, é tão pouco linear quanto possível, de modo que novas oportunidades e desafios estão sempre surgindo e é esperado que o profissional atue em funções gerenciais e técnicas. Assim, ele tem a chance de manter a função de especialista, mas sem que seja necessário “abrir mão” de uma posição de liderança.
Outra possibilidade é o plano de carreira em X, que é visto como o mais flexível de todos, já que o foco não envolve o tipo de atividade a ser exercida, mas, na verdade, o propósito que foi estabelecido pelo profissional.
Em termos mais simples, nesse formato, o trabalhador perpassa por inúmeras funções dentro da empresa. Aqui, mais importante do que o tipo de atribuição desempenhada é a sua execução da melhor forma possível. Ao final da trajetória, então, é esperado que ele atinja o seu objetivo.
Em geral, principalmente em razão da sua flexibilidade, o plano de carreira em Y é recomendado para todos e quaisquer tipos de profissionais. Nesse sentido, o ponto-chave é identificar o perfil de cada um dos colaboradores que integram o quadro de pessoal da empresa.
Com esse intuito, uma boa alternativa é coletar feedbacks do público interno e, a partir disso, identificar as aspirações de cada integrante da equipe. Assim, os trabalhadores que demonstrarem um foco mais direcionado ao conhecimento e ao atingimento de resultados — e, em alguns casos, um interesse maior em desenvolvimento e pesquisa — são normalmente elegíveis para essa última modalidade.
Por outro lado, os que demonstram mais espírito de liderança e iniciativa geralmente se revelam excelentes candidatos às funções gerenciais. Apenas é interessante que, além da vontade de liderar, haja interesse por parte desses colaboradores em desenvolver as competências necessárias para ocupar esse tipo de posição.
O plano de carreira em Y oferece vantagens tanto para os profissionais quanto para as empresas. No caso dos colaboradores, os benefícios que mais se destacam são:
Já no caso das empresas, a implementação do plano de carreira em Y também envolve diversas vantagens. A seguir, podemos mencionar como as principais:
De antemão, é importante destacar que o processo de implementação do plano de carreira em Y pode ser complexo, já que implica mudanças estruturais bastante significativas. A seguir, porém, elencamos uma espécie de passo a passo que poderá auxiliá-lo nessa missão:
O meio corporativo, cada vez mais, tem se tornado altamente concorrido. Nesse cenário, a implementação de algumas iniciativas, como a estruturação de um plano de carreira em Y, auxilia as empresas a motivarem os seus profissionais, retendo-os no quadro de pessoal e impulsionando-os. Logo, é essencial que a área de Recursos Humanos (RH) esteja constantemente atenta às inovações relativas à gestão de pessoas.
Atualmente, a sua empresa mantém um plano de carreira que visa à evolução dos colaboradores? Se sim, o formato adotado é tradicional ou foge do crescimento linear convencional? Deixe o seu comentário no post!