A gestão estratégica de pessoas vai muito além do recrutamento ou da retenção de talentos. Hoje, as empresas precisam justificar cada investimento em seus programas internos – e isso inclui a análise do ROI dos benefícios oferecidos aos colaboradores.
Medir esse retorno é essencial para entender se os pacotes escolhidos realmente trazem impacto no engajamento, na produtividade e na redução de custos com turnover.
Segundo a consultoria Mercer, cerca de 78% das empresas brasileiras afirmam que os benefícios são determinantes na atração e retenção de talentos. No entanto, muitas ainda não conseguem comprovar financeiramente os resultados obtidos. É nesse ponto que entra o desafio de calcular o ROI com base em dados concretos.
O que significa calcular o ROI dos benefícios corporativos?
O ROI (Return on Investment) é uma métrica que avalia o retorno financeiro de um investimento em comparação ao valor investido. Então, quando aplicado aos benefícios corporativos, ele permite medir se os recursos destinados a esses programas realmente se convertem em resultados para a empresa.
Isso não significa apenas contabilizar custos diretos, mas também avaliar fatores indiretos, como:
Quais são os indicadores que ajudam a medir o ROI dos benefícios?
Para transformar dados em decisões assertivas, o RH precisa definir indicadores claros. Dessa forma, entre os principais indicadores para medir o ROI dos benefícios, estão:
Taxa de adesão
Mostra quantos colaboradores utilizam efetivamente os benefícios. Assim, quanto maior a adesão, maior o valor percebido.
Custo por colaborador
Ajuda a comparar o investimento feito com o retorno esperado em engajamento e desempenho.
Impacto no turnover
Segundo a Robert Half, 77% dos profissionais consideram os benefícios decisivos para aceitar ou permanecer em um emprego. Além disso, as reduções nas taxas de rotatividade podem ser diretamente atribuídas a pacotes bem estruturados.
Absenteísmo e saúde
Programas de saúde física e mental reduzem os afastamentos e melhoram a qualidade de vida no trabalho, refletindo em menos custos indiretos.
Produtividade e desempenho
Os benefícios que facilitam a rotina do colaborador, como vale-mobilidade ou apoio ao home office, impactam na eficiência e no foco diário.
Como calcular o ROI dos benefícios na prática?
Para aplicar o cálculo do ROI dos benefícios, é possível usar a fórmula tradicional:
ROI = (Ganhos obtidos – Investimento) ÷ Investimento x 100
Na prática, os ganhos podem incluir a economia com rotatividade, a redução de absenteísmo e os resultados de produtividade alcançados. Por exemplo, se a empresa investiu R$ 500 mil em benefícios e obteve uma economia de R$ 750 mil com a redução de turnover e faltas, o ROI é de 50%.
Além dos números, é importante considerar feedbacks qualitativos dos colaboradores. Portanto, as pesquisas internas de clima organizacional e satisfação podem complementar os dados financeiros e ajudar a validar a percepção de valor dos pacotes oferecidos.
Como a tecnologia pode apoiar o cálculo do ROI?
Ferramentas digitais permitem integrar informações de diferentes áreas da empresa, consolidando dados em relatórios claros e objetivos. Por exemplo, as plataformas de gestão de benefícios oferecem dashboards com:
Assim, o RH deixa de lidar com planilhas manuais e passa a ter acesso a insights estratégicos que facilitam a apresentação de resultados para a diretoria.
Por que o ROI dos benefícios deve ser prioridade nas empresas?
No universo corporativo atual não basta oferecer benefícios – é preciso comprovar a sua efetividade. Portanto, medir o ROI dos benefícios é a maneira mais segura de alinhar os interesses do negócio às necessidades dos colaboradores, fortalecendo a cultura organizacional e garantindo investimentos mais inteligentes.
Empresas que tratam essa análise como prioridade economizam e ganham em engajamento, retenção e imagem no mercado.