Gestão de Veículos

Tabela de frete da ANTT: confira o que é e como funciona!

Escrito por Blog Sem Parar Empresas | 29.6.2020

Em 2018, a tabela de frete da ANTT foi estabelecida para dar lastro ao mercado de transporte rodoviário de carga no país. Entender o que é e como funciona essa tabela é primordial para conseguir otimizar a frota e evitar prejuízos.

Em tempos turbulentos, é ainda mais importante conseguir administrar bem os recursos para manter a boa saúde financeira da empresa. Para que você possa usar a tabela de forma eficaz, elaboramos este artigo com todos os detalhes sobre essa resolução. Boa leitura!

 

Como surgiu e o que é a tabela de frete da ANTT?

O cenário é recente e você deve se lembrar: os caminhoneiros fizeram uma paralisação que impactou diversos setores da economia, deixando de movimentar R$26 milhões naquele período. Entre as exigências deles para o retorno das atividades estava a criação de uma tabela de frete mínimo.

Então, em 30 de maio de 2018, a tabela entrou em vigor e segue até hoje, após algumas atualizações em 2019 e no começo de 2020. Desde então, a tabela é a base para o cálculo de todos os fretes de carga realizados no país.

 

Qual a importância da tabela de frete da ANTT?

Entre 2011 e 2013 o Brasil teve um grande aumento do setor de transporte de cargas rodoviárias, tanto em número de profissionais quanto na quantidade de cargas. Em 2014, com a crise, o setor sofreu drasticamente. Havia mais caminhões do que cargas a serem transportadas e, com isso, a concorrência no mercado era desleal.

As indústrias optavam por quem cobrasse menos. Ao mesmo tempo, o preço do diesel subia e, no fim das contas, caminhoneiros e transportadoras não tinham lucro — em algumas situações tinham, na verdade, prejuízo.

A tabela de frete da ANTT chegou como uma solução para que as indústrias paguem um valor de piso mínimo de frete que cubra os custos para o transporte. Dessa forma, os profissionais não têm mais que se preocupar em ter que pagar para trabalhar, como era comum acontecer no passado.

 

Para que serve a tabela?

A grande utilidade da tabela é a profissionalização do mercado. A partir do momento em que preço deixou de ser um diferencial, começou a surgir uma concorrência mais justa no setor. As empresas tiveram que pensar em diferenciais relevantes para conquistar mais e melhores clientes.

Ela também é uma ferramenta que veio para reforçar a lei do pagamento de frete, que protege a dignidade financeira dos transportadores.

Agora que você já entendeu a importância da tabela, vamos ver como ela gera o cálculo do piso mínimo de frete.

 

Como ela funciona?

A tabela leva em consideração três fatores principais:

  • tipo de carga — geral, granel, frigorificada, perigosa, entre outras;
  • quantidade de eixos do caminhão;
  • distância que será percorrida para a entrega.

Há ainda alguns custos fixos e variáveis que entram no cálculo da tabela, mas que você não precisa saber em detalhes para fazer o cálculo. Tais variáveis geram duas siglas:

  • CCD, referente a custos de deslocamento;
  • CC, referente a carga e descarga.

A fórmula final utilizada pra chegar ao piso mínimo de frete é:

Piso Mínimo do Frete (R$/viagem) = (Distância x CCD) + CC

Para você entender melhor, eis um exemplo prático: um caminhão de 5 eixos fará a entrega de uma carga de granel sólido entre São Paulo e Salvador, ou seja, 2027 quilômetros. Segundo consta na página 19 da tabela de frete ANTT, o CCD para essa entrega é de 3,3706 e o CC 293,35.

Com isso, o piso mínimo do frete será (2027 x 3,3706) + 293,3, que é R$7.125,50. Contudo, a tabela ainda não inclui o pedágio em sua fórmula. Assim deve-se calcular o pedágio e incluir no valor mínimo final. E se o caminhão retornar vazio, o piso mínimo de frete deve ser o dobro do valor.

A tabela de frete da ANTT se mostrou um avanço para que o nosso setor se profissionalize cada vez mais. Outro legislação para ficar atento é o Pagamento Eletrônico de Frete. Para ajudar você nesta questão, temos uma solução prática: Saiba mais sobre nossa Gestão de Frete!