A gestão de benefícios como ferramenta para proporcionar qualidade de vida

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Investir em políticas corporativas que estimulam a qualidade de vida é uma tendência que não para de crescer na área de gestão de pessoas. Muito se discute sobre como tais práticas contribuem para o sucesso da empresa e para o nível de satisfação dos colaboradores com a organização em que trabalham.

Nesse sentido, a gestão de benefícios se apresenta como ferramenta importante para aumentar a qualidade de vida. Por meio dela, a empresa poderá observar resultados positivos, como o aumento da retenção de funcionários, ampliação dos níveis de produtividade e melhoria no clima organizacional.

Pensando nisso, preparamos este artigo para explicar um pouco mais sobre a gestão de benefícios em uma empresa e como essa ferramenta é uma aliada para melhorar os níveis de satisfação dos colaboradores. Confira!

A qualidade de vida no trabalho

Em uma relação empregatícia, existem expectativas mútuas entre o colaborador e a empresa: enquanto o empregador quer um funcionário que cumpra de forma satisfatória com suas atribuições, o trabalhador quer encontrar um ambiente de trabalho positivo e que lhe permita alcançar equilíbrio entre a vida profissional e pessoal.

As ações que visam a promoção da qualidade de vida no trabalho (QVT) objetivam chegar a esse ponto comum, capaz de fazer com que as expectativas partilhadas entre empregador e empregado sejam correspondidas.

É importante entender que, caso não haja essa correspondência, o desempenho e produtividade do trabalhador serão afetados negativamente, prejudicando o crescimento do negócio.

Pode-se definir a QVT como o conjunto de ações empreendidas pela organização com o intuito de ajudar os colaboradores a encontrar equilíbrio entre a vida laboral e pessoal. Isso ocorre por meio de medidas específicas que conciliam os interesses dos trabalhadores e das empresas, por exemplo, por meio de uma boa gestão de benefícios.

Exemplos de programas de qualidade de vida nas empresas

Horários de trabalho flexíveis

A adoção de horários de trabalho flexíveis é uma prática cada vez mais utilizada pelas empresas que se preocupam com a qualidade de vida no trabalho. Sabe-se que, sobretudo nas grandes metrópoles, o trânsito é intenso e se complica ainda mais nos horários de pico, que coincidem com as horas de entrada e saída da maior parte dos empregos.

Essa dificuldade em chegar à empresa e retornar à casa, perdendo horas parado no transporte, reduz as horas livres do funcionário e aumenta os seus níveis de estresse, o que pode acabar influenciando o seu desempenho no trabalho. É justamente aí que a flexibilidade entra como solução.

Em empresas como o Google, ela é válida para todos os dias da semana. O foco da prática é mostrar aos funcionários que a empresa está preocupada com a entrega dos resultados de qualidade, dando liberdade aos colaboradores para executarem as suas funções cumprindo com a carga horária, independentemente do horário que chegam e saem todos os dias.

Programas de treinamento e desenvolvimento

Os programas de treinamento e desenvolvimento como forma de melhorar a qualidade de vida no trabalho são bastante eficazes. Isso porque mostram o comprometimento da empresa em investir nos colaboradores, fazendo com que eles possam desenvolver seus talentos e habilidades de forma contínua. Como resultado, aumenta-se não só a produtividade, como também o engajamento e a motivação.

Tudo isso pode acontecer por meio de cursos, treinamentos, palestras, workshops e afins. Além de ampliar o conhecimento do capital humano, a prática oferece realização pessoal (o que pode também afetar a qualidade de vida no trabalho) e servir como reconhecimento.

Outro aspecto importante nesse sentido é que, se um funcionário demonstrar interesse por algum tipo de treinamento, como um curso de especialização, oferecer essa possibilidade a ele não só vai deixá-lo realizado como trará benefícios para a organização, uma vez que ele poderá utilizar o que aprendeu para otimizar o seu dia a dia de trabalho e os processos de sua função.

Incentivo das práticas esportivas

Além de beneficiar a saúde, as práticas esportivas têm tudo a ver com qualidade de vida no trabalho. Isso porque os colaboradores com boa capacidade física tendem a se sentir mais dispostos, apresentarão melhores rendimentos e contarão com mais vontade para exercerem as suas atividades diárias no trabalho.

Nesse caso, a melhoria da saúde, da qualidade de vida e do bem-estar dos colaboradores seria desenvolvida por meio de atividades como ginásticas laborais, massagens laborais, academia corporativa, torneios, jogos, projetos culturais. Além disso, quando promovida pela empresa, a prática estimula também o espírito de equipe e a integração entre os times de trabalho.

Sistematização do feedback

Este é um programa que, além de simples de ser aplicado, não requer custos para a sua implantação. A sistematização do feedback como ferramenta para proporcionar qualidade de vida nas empresas significa adotar uma rotina de avaliação de desempenho na empresa, deixando os colaboradores sempre a par de seus resultados, tanto aqueles positivos quanto os que podem ser melhorados

Com isso, tanto o funcionário quanto a empresa têm a ganhar. Contudo, é preciso ressaltar que o feedback deve ser feito de modo adequado, utilizando técnicas apropriadas e que não envolvam apenas críticas. Uma dica, aqui, é o uso do feedback sanduíche — quando o gestor começa com elogios, passa para os pontos negativos, oferecendo soluções, e volta aos pontos fortes do colaborador.

Gestão de benefícios e qualidade de vida no trabalho

Na medida em que a qualidade de vida nas empresas é um resultado direto do oferecimento de boas condições de trabalho, a gestão de benefícios exerce papel fundamental para que ela seja uma realidade para os funcionários de uma organização.

Ao contrário do que se pensa, a remuneração não é o elemento mais importante na visão do trabalhador. A existência de benefícios básicos, como aqueles ligados à alimentação, saúde, integração, responsabilidade corporativa e oportunidades de crescimento são alguns dos que mais despertam interesse no colaborador.

Para certificar-se de que a gestão de benefícios de sua empresa é eficiente, deve-se, também, analisar os níveis de satisfação dos funcionários, afinal, eles representam um dos elementos mais importantes de uma organização, o capital humano.

Pode-se fazer isso por meio de sondagens de opinião interna e da avaliação da própria empresa sobre o que ela proporciona aos funcionários:

  • oferece benefícios importantes como os relacionados à alimentação, saúde e bem-estar do colaborador e de sua família;

  • investe em práticas de responsabilidade corporativa;

  • facilita a capacitação do trabalhador e oferece oportunidades para crescimento;

  • promove a integração interna e social dentro da instituição;

  • tem um sistema de remuneração adequado e igualitário entre os níveis hierárquicos;

  • oferece condições de trabalho adequadas;

  • dá feedback quanto ao que espera dos colaboradores.

Resultados de uma boa gestão de benefícios

O investimento em programas que visam a ampliação da qualidade de vida é responsável por melhorar os níveis de produtividade das equipes e também os resultados gerais da empresa, inclusive o financeiro. São fatores que ajudam o negócio a crescer, solidificar e a auferir lucros maiores.

Além disso, ao colocar em prática essa técnica, é possível garantir outros benefícios, por exemplo:

Nota-se, assim, que a qualidade de vida do trabalhador é proporcional aos resultados que ele oferece à empresa em que trabalha, e isso pode determinar a prosperidade do negócio.

Com uma política de gestão de benefícios eficiente, a empresa pode elevar bastante o bem-estar dos colaboradores e isso repercutirá em melhoria no desempenho da empresa como um todo.

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