Desafios da inovação no mercado de trabalho

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A inovação no mercado de trabalho é uma realidade, e esquivar-se dela enquanto profissional significa perder boas oportunidades, estando sempre atrás da concorrência. Tanto as empresas quanto seus colaboradores precisam se capacitar para tirar o melhor proveito das novas tecnologias. Contudo, sabemos que essa nem sempre é uma missão descomplicada, afinal, estar alinhado às tendências requer planejamento e treinamento.

A empresa precisa entender que as ferramentas tecnológicas geram otimização e potencializam resultados. Já os profissionais devem estar capacitados para compreender tais recursos e aplicá-los de modo eficiente no dia a dia — e é justamente aqui que começam a surgir os desafios. Pensando nisso, trouxemos um panorama da inovação no mercado de trabalho e seus impactos para empregadores e empregados. Acompanhe!

Qual é o perfil do profissional esperado pelas empresas?

A Indústria 4.0 impulsionou o uso da tecnologia nas empresas para otimizar processos e potencializar resultados. No entanto, não só as organizações devem se preparar para as transformações tecnológicas: elas precisam de mão de obra qualificada e devidamente instruída para transitar em meio à inovação com eficiência.

Esse cenário acarretou mudanças importantes nos processos de recrutamento e seleção. Hoje, os empregadores direcionam esses procedimentos por meio de estratégias que alinham o colaborador ideal às missões, aos valores, à cultura e ao cotidiano organizacional. Isso significa que o tipo de profissional esperado também passou por grandes mudanças.

O colaborador requisitado pelos empregadores hoje em dia é aquele que não tem medo da transformação, mas se adapta a ela, tendo também sede de ir além, contribuindo com ideias e sugestões. Seguindo essa linha, a criatividade é outro fator que conta muito, bem como a proatividade — ou seja, cumprir as tarefas sem esperar ordens superiores —, a vontade de aprender — afinal, ninguém nasce dominando tudo, mas demonstrar interesse pelo novo já muda a forma como você é visto pelas empresas — e o dinamismo.

Outras habilidades e traços que compõem o perfil de profissional esperado atualmente são:

  • facilidade para trabalhar em equipe;
  • resiliência para aprender com erros;
  • inteligência emocional para lidar com desafios;
  • curiosidade para aperfeiçoar processos e adotar inovações.

Qual é o papel da gestão na capacitação e na incorporação de tecnologias inovadoras?

É fundamental deixar de lado o pensamento de que as empresas são do século XIX, os colaboradores do século XX e os clientes do século XXI. Todos devem se comunicar, e as organizações devem estar conectadas à tecnologia para que a inovação não seja apenas parte do processo de produção, mas algo comportamental — o que inclui gestão, estratégia e liderança.

Essa constatação foi feita, inclusive, pelo professor, autor, palestrante e CEO Luiz Rasquilha, em evento com a equipe da VB. Em outras palavras, os gestores precisam enxergar o investimento no desenvolvimento do capital humano — treinamentos, workshops etc. — como uma ação de alto retorno, e não como um gasto. Afinal de contas, trabalhadores capacitados são capazes de gerar resultados melhores em produtividade e qualidade das entregas.

Vale ressaltar que essa capacitação deve ser conduzida de forma que os colaboradores realmente entendam os impactos da inovação na produção e saibam como aplicar os recursos tecnológicos no cotidiano de trabalho. Assim, as ações de educação corporativa se tornam grandes aliadas, sobretudo quando acompanhadas pelos gestores e líderes.

A velocidade em que as coisas acontecem passa a ser um desafio?

A velocidade das inovações e da conectividade imprimiram um dinamismo e uma complexidade nunca vistos no mercado de trabalho, levando a uma mudança no comportamento do profissional e das corporações. Esse ritmo acelerado de constantes transformações é, de fato, um desafio para todos os envolvidos.

Tanto para as empresas quanto para os colaboradores, não acompanhar o ritmo da Indústria 4.0 é sinônimo de prejuízo. As organizações perdem em nível de produtividade e, consequentemente, lucratividade. Já os profissionais se tornam obsoletos, visto que sempre haverá alguém capacitado e antenado, que facilmente poderá ocupar o seu lugar.

Em 1900, ainda segundo Rasquilha, a atualização no ambiente corporativo demorava 100 anos, ou seja, os processos continuavam sendo realizados sem nenhuma mudança. Já em 1945, o ciclo de atualização na carreira caiu para 45 anos, possibilitando que a reciclagem ocorresse quando os colaboradores estivessem encerrando sua vida útil no mercado.

Quase 70 anos depois, os números mostram a magnitude da revolução tecnológica. Em 2013, o CEO afirma que a velocidade do tempo de capacitação foi aumentado para 13 meses — isso significa que os profissionais precisaram, desde então, se reciclar constantemente para acompanhar o ritmo das mudanças tecnológicas. Em 2022, a previsão é de que todos necessitarão dedicar 101 dias de suas vidas à aprendizagem de novas tecnologias.

De que maneiras driblar esses desafios?

A capacitação é a melhor forma de lidar com a inovação no mercado de trabalho sem deixar que ela se torne um empecilho. Mais uma vez, isso vale para empregadores e empregados. Por mais que ambos contem com anos de experiência e tenham insights valiosos sobre a área de atuação, negar os avanços tecnológicos significa deixar de crescer.

Por isso, é importante que as empresas criem uma cultura de aprendizado dentro do ambiente organizacional. Os colaboradores precisam receber capacitação para aplicar a inovação na prática, eliminando dúvidas, gargalos e instigando-os a buscar conhecimento.

Por que a aplicação da tecnologia é tão importante no dia a dia?

Vimos que o ritmo em que as transformações ocorrem é rápido. Uma ferramenta que anteriormente fundamentava todo um processo de produção, hoje pode ser substituída por um recurso automatizado, gerando economias em tempo e recursos e evitando retrabalhos.

A tecnologia é tão importante no dia a dia da corporação porque interfere diretamente em sua lucratividade. O mercado é competitivo, e sobre isso não há dúvidas. As startups e pequenas e médias empresas (PMEs) estão aí justamente para provar que soluções e metodologias inovadoras aceleram o ritmo de crescimento de um negócio, por isso, até mesmo as grandes corporações têm muito o que aprender sobre a transformação digital.

A aplicação de tecnologia tem como vantagens:

  • melhorias no fluxo de produção;
  • motivação dos funcionários;
  • elaboração de ações que incentivam o capital interno;
  • integração dos times;
  • engajamento dos colaboradores com a missão da empresa;
  • engajamento dos colaboradores com a função desempenhada;
  • processos mais rápidos e seguros;
  • comunicação mais eficiente entre setores;
  • comunicação mais eficiente com o cliente;
  • criação de um relacionamento entre empresa e público-alvo etc.

Como foi possível perceber, ser inovador em um meio extremamente exigente e acelerado é questão de sobrevivência para empresas e funcionários. O primeiro passo para que isso aconteça é aceitar a inovação no mercado de trabalho e driblar os possíveis desafios. Estar a par das tendências e de tudo o que está em alta em termos de tecnologia é fundamental — uma vez que trazê-las para a realidade do negócio gera um diferencial competitivo, ao mesmo passo que ignorá-las pode até mesmo ser sinônimo de prejuízo.

De quais formas a sua empresa adota a inovação em seus processos? Deixe um comentário e participe da discussão!

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