Inteligência artificial no RH: descubra o impacto da tecnologia na área!
VB - 11/9/2018
A inteligência artificial no RH é uma tecnologia capaz de melhorar os sistemas de análise de dados, aprimorar o recrutamento e seleção e estreitar a relação entre empresas e funcionários. Por meio dela é possível otimizar vários processos.
Atualmente, as empresas podem conhecer os traços mais marcantes da personalidade de um candidato antes mesmo de entrevistá-lo. Como isso é possível? A resposta é simples: basta pedir que ele responda a um questionário por meio de um programa enviado por e-mail. E esse é só um exemplo da utilidade da inteligência artificial no RH.
Especialistas do setor afirmam que a tendência da utilização desses recursos é crescer. Afinal, tais ferramentas melhoram o ambiente de trabalho, otimizam o tempo e permitem que o pessoal dos recursos humanos e do departamento pessoal foquem no que realmente importa, ou seja, nos novos projetos e no atendimento interno.
Acompanhe o post a seguir e conheça um pouco mais dessa tecnologia!
O que é inteligência artificial?
A inteligência artificial (IA) é uma área da ciência da computação que se destina a criar dispositivos capazes de simular a inteligência humana. Assim sendo, essas máquinas podem raciocinar e apresentar, de forma rápida, a solução de problemas, mover e manipular objetos, etc.
Quando desenhado para usar a IA, um sistema tem conhecimentos e é dotado da capacidade de programar, perceber, aprender e escolher, entre opções preestabelecidas, qual é a mais adequada. Tudo isso feito por meio de um banco de dados que é abastecido com novas informações constantemente.
Como a maioria das novidades tecnológicas, a inteligência artificial tem os seus defensores e também os seus detratores. No entanto, a despeito das opiniões contra ou a favor, ela é uma realidade e cresce em diversos âmbitos do mundo moderno.
Pode até ser que filmes como Eu, Robô e O Homem Bicentenário estejam longe de se tornarem realidade, mas não há dúvidas que os primeiros passos nessa direção já foram dados. Afinal, há muitos benefícios em ter programas eficientes que auxiliem o ser humano a exercer suas funções, além de reduzir a possibilidade de erros.
Como o uso da inteligência artificial no RH pode ajudar?
Hoje, não é raro ver em empresas o ponto biométrico, onde a entrada e a saída de funcionários são registradas por meio de sua digital. Com essa tecnologia, ficou mais fácil para o RH medir alguns índices importantes como a assiduidade e a pontualidade dos colaboradores, além do cálculo das horas extras.
Contudo, a IA pode ir muito além no auxílio aos profissionais desse setor. Os indicadores de performance, o big data e o People Analytics, por exemplo, são provas do que está sendo feito.
Programas de computador vêm sendo muito utilizados em processos de seleção e recrutamento — o que tem possibilitado uma redução significativa nos índices de turnover, visto que a maior parte das demissões se dá em virtude de contratações equivocadas.
Além disso, eles também podem ajudar gestores e líderes a acompanharem as métricas de visitação em materiais de capacitação e treinamento, permitindo-os saber quais colaboradores mais visualizam o conteúdo e, desse modo, estimarem suas curvas de aprendizado.
Empresas que já utilizam a IA no RH
Algumas empresas já têm utilizado softwares para fazer entrevistas por videoconferência, nas quais avatares avaliam tudo no entrevistado, desde suas expressões faciais à entonação de sua voz e escolha de palavras. Com isso, esse sistema é capaz de dizer se a pessoa é a mais apta para o cargo em aberto, ou não.
Veja abaixo mais alguns exemplos de empresas que têm usado a tecnologia a seu favor:
B3
A B3, organização gerada por meio da fusão entre a Cetip e a BM&FBovespa, utilizou, recentemente, um sistema com o qual foram identificados os funcionários que tinham maior poder para disseminar informações e a cultura da organização. A escolha foi realizada não pela hierarquia, mas pela influência exercida.
Com isso, foi possível entender a rede organizacional da empresa, saber como estava a relação da companhia com os seus colaboradores e avaliar a comunicação entre suas diversas áreas e profissionais. A partir dos dados coletados, desenvolveu-se estratégias para aumentar o engajamento e a motivação das equipes.
Tokio Marine
A equipe de TI da seguradora Tokio Marine desenvolveu, em parceria com a superintendente de RH, Juliana Zan, um programa que responde várias perguntas a seus funcionários.
A personagem virtual, que recebeu o nome de Marina, é bem-humorada e simpática. Após seis meses da sua utilização, as 2000 ligações que o RH recebia por mês caíram em 60%.
Johnson & Johnson
A Johnson & Johnson é uma grande adepta da IA. Desde o seu processo de recrutamento e seleção, que pode contar com a candidatura de mais de 1,2 milhão de pessoas, à melhoria do seu relacionamento com os colaboradores.
A empresa investe de forma contundente em ações para promover a saúde e a qualidade de vida dos seus funcionários. Com um setor específico para isso, que gerencia estrategicamente os dados coletados, ela garante o engajamento e a fidelização dos colaboradores.
Ao analisar esses casos de sucesso com o uso da inteligência artificial no RH, não é difícil perceber por que ela vem sendo cada vez mais utilizada pelas organizações. A lista de vantagens é grande, mas ainda podemos citar mais algumas, veja:
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a IA ajuda na antecipação de problemas;
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avalia habilidades verbais;
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traz mais diversidade para as contratações;
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faz as promoções serem mais justas.
Como será a IA no futuro?
O setor de TI não para. A ideia dos profissionais dessa área é melhorar a experiência dos usuários com as interfaces produzidas. Seja por meio do computador, do smartphone, do desktop etc., a intenção é criar ferramentas cada vez mais inteligentes e úteis.
Em relação ao RH, além das mudanças citadas, as novas tecnologias serão capazes de realizar previsões (por meio da análise de padrões), personalizar e customizar em grandes escalas.
Ou seja, as carreiras serão mais personalizadas, assim como os planos de benefícios e até as responsabilidades e tarefas. E tudo isso será feito pelos próprios profissionais. Ao RH caberá apenas a sugestão, o apoio e os treinamentos.
Homem x máquina
A inteligência artificial pode dar uma falsa impressão de que resolve tudo sozinha. Mas, a verdade é que, mesmo com a automatização dos processos, o homem ainda é o responsável pelas tomadas de decisão.
O que muda é a execução das tarefas operacionais, que deixam de ocupar um grande espaço de tempo no dia a dia do profissional do RH, deixando-o livre para realizar ações mais estratégicas. O que nos leva a perceber que a tecnologia não é uma inimiga, e, sim, uma aliada.
Entretanto, cabe ao profissional do RH ajustar-se às novidades. Acompanhá-las de perto, buscando aprender e absorver o máximo possível de informações. Dessa maneira, ele se manterá atualizado e não precisará temer a perda do seu emprego.
Com a inteligência artificial no RH é mais fácil avaliar as pessoas por meio de algoritmos, agilizando, assim os procedimentos burocráticos. No entanto, é fundamental que os líderes e gestores não se tornem insensíveis e percam a sua humanidade. Afinal, o capital humano ainda é o maior bem de uma empresa.
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