Job rotation: o que é rotação de cargos?
VB - 27/3/2018
O job rotation vem se consolidando gradativamente como uma estratégia eficiente e produtiva, ganhando cada vez mais espaço no planejamento de RH das empresas contemporâneas.
Preocupadas em manter a competitividade e melhorar a performance cotidiana dos seus colaboradores, as organizações não têm poupado esforços para viabilizar táticas capazes de maximizar os resultados da equipe.
Se você busca mais informações sobre o método de job rotation, encontrou o conteúdo certo! No post, você terá acesso ao conceito, aos benefícios e às desvantagens dessa estratégia — além de conhecer eventuais alternativas ao método.
Preparado? Vamos em frente e boa leitura!
O que é job rotation?
Em tradução livre para o português, a expressão job rotation descreve uma estratégia de rotação de cargos. Na prática, trata-se, na maioria dos casos, de um projeto desenvolvido e supervisionado pelo RH da empresa, objetivando integrar colaboradores, ampliar os conhecimentos acerca do negócio e, claro, maximizar performances.
Em um mercado complexo e altamente competitivo, o job rotation ganha cada vez mais relevância. Diante da constante busca por otimização de recursos e alavancagem de resultados, a rotação de funções é válida para proporcionar ao colaborador uma visão mais ampla e profunda das engrenagens do negócio, dotando-o de capacidade analítica para a resolução de problemas.
Quais são as vantagens do job rotation?
São muitos os benefícios em usar a rotação de cargos como recurso de aprendizado. Conheça as maiores vantagens desse método.
Redução do turnover
Se aplicado corretamente, o job rotation pode potencializar a retenção de talentos, pois tende a aumentar a satisfação e a motivação dos funcionários, especialmente entre as novas gerações. Os millennials gostam de pensar/atuar “fora da caixa” quando atuam profissionalmente — eles anseiam por experiências e oportunidades em sua carreira.
Aprimoramento de competências
A rotação de cargos aprimora as competências dos talentos, pois lidam com diferentes áreas e funções, garantindo o acúmulo de conhecimentos e habilidades. Além disso, o contato com colegas de cargos e departamentos diversos altera a percepção a respeito das responsabilidades individuais e coletivas para o andamento operacional da empresa.
Isso significa que o colaborador desenvolve uma visão panorâmica da companhia, enxergando o fluxo de processos com mais precisão. Assim, desenvolve sua capacidade de trabalhar em conjunto e contempla os objetivos do negócio em cada função exercida.
Praticidade no treinamento
O job rotation é uma modalidade prática de treinamentos, pois a vivência prática é um aprendizado que gera ótimos resultados. Dessa forma, as equipes podem executar tarefas relacionadas a outro setor de forma efetiva.
Fortalecimento do trabalho em equipe
Quando os funcionários rotacionam por outros departamentos da companhia, eles têm a chance de formar novos vínculos e lidar com diferentes culturas operacionais e sociais. Por isso, o processo de rotação pode encorajar o espírito de equipe e a colaboração interna, formando uma cultura empresarial mais consistente.
Criação de times multifuncionais
A multifuncionalidade é indispensável em um mercado que exige flexibilidade e adaptação, devido às constantes transformações dos tempos atuais. A rotatividade, você estimula os funcionários a se tornarem multifuncionais e aptos a ajudar em qualquer tipo de demanda.
E as desvantagens?
Essa abordagem também apresenta nocividades que devem ser expostas para que a empresa avalie seus prós e contras em relação ao perfil de suas equipes.
Possíveis falhas
Um dos inconvenientes mais notáveis em relação ao job rotation é que a empresa pode ter problemas. Isso porque como os funcionários estão em aprendizado, eles podem cometer equívocos durante o processo. Ou seja, se tudo não for devidamente planejado para uma orientação efetiva, os resultados podem ser negativos.
Custo e tempo elevados
Quando se move um colaborador para um novo departamento e função, uma curva de aprendizado precisa ser considerada. Isso significa que o funcionário precisa passar por um período de orientações para exercer seu novo trabalho com eficiência. Nesse caso, o custo do intercâmbio interno pode ser elevado, especialmente em relação ao tempo necessário. Ou seja, embora não se tenha altos gastos com as mudanças, ainda é um aspecto que deve ser avaliado pela empresa.
Descontentamento de alguns colaboradores
Alguns profissionais podem querer alternar funções. Um funcionário confortável e bem-sucedido em seu cargo atual pode se preocupar de outra pessoa prejudicar seu desempenho e do próprio setor. Além disso, é possível ter alguns colaboradores que exercem suas obrigações com maestria, mas não querem aprender por meio do job rotation. Esses indivíduos podem se estressar com a perspectiva de mudar de departamento.
Quais são os desafios do job rotation?
Como a rotação apresenta prós e contras, é preciso ter um certo cuidado durante sua implementação, visto que alguns desafios devem ser superados para que bons resultados cheguem. Conheça as atitudes desafiadoras que a empresa precisa lidar.
Analisar os recursos alocados para que agreguem valor
É preciso ter cautela durante a alocação de recursos, pois precisam gerar valor operacional e pessoal. A análise precisa ser feita com cuidado para que os resultados sejam mensurados com precisão. É válido mencionar que se a rotação de cargos não gerar efeitos positivos, deve ser analisada a possibilidade de reformulação ou cancelamento.
Adaptação na empresa
Essa estratégia não pode ser aplicada em qualquer departamento ou empresa. É necessário contar com planejamento e esforço de todos para que funcione e traga bons resultados. Por isso, o job rotation deve fazer parte da cultura organizacional a fim de garantir sua adesão. O primeiro passo é analisar quais setores podem experienciar essa abordagem e obter as maiores vantagens.
Quais são as alternativas em relação ao job rotation?
Quando, por uma série de fatores e circunstâncias particulares, a tática do job rotation não se mostra viável no contexto da empresa, não é preciso abandonar inteiramente a ideia (e os benefícios) do método. Ainda é possível extrair resultados consistentes adotando propostas semelhantes, embora menos radicais.
Planeje um cronograma contínuo de integração
A preocupação com a manutenção de um relacionamento saudável e produtivo entre os colaboradores deve ser uma prioridade do gestor de RH. É essencial que haja, por exemplo, sinergia na execução de projetos e total alinhamento acerca das metas estabelecidas.
Para perseguir esses objetivos, a integração das áreas é crucial! Neste âmbito, a organização de atividades estratégicas de integração desponta como uma ferramenta bastante útil; afinal, estimula a interação e a troca de experiências.
Promova projetos conjuntos entre departamentos
Para além da recreação, entretanto, também cabe uma atuação mais firme e estruturada de convivência e de aprendizagem mútua — e os projetos conjuntos são perfeitos para estimular esse processo.
Ao definir um desafio (ou um problema recorrentemente enfrentado pela empresa) e designar a setores interdependentes a missão de solucioná-lo, ganha-se de todos os lados: colaboradores, que são estimulados a pensar de forma ampla e conjunta, e a empresa, que refresca as suas operações e pode, inclusive, construir uma inovação ou vantagem competitiva a partir daí.
Programe palestras sobre as diversas áreas
Por fim, embora não menos importante, o oferecimento de palestras internas com foco no intercâmbio de áreas também figura como uma proposta interessante e que pode gerar resultados amplamente positivos.
Além de aglutinar — em um mesmo ambiente e com objetivos similares — diversas expertises, os eventos propõem uma visão profunda das áreas e contribuem para estimular o pensamento amplo, fazendo com que os colaboradores sejam capazes de enxergar além de suas mesas e tarefas rotineiras.
O job rotation, enquanto prática de gestão, é uma proposta inteligente. Sua abrangência, porém, é bastante vasta e seus princípios podem ser aplicados de diferentes formas, servido a um só objetivo final: capacitar os profissionais e, assim, impulsionar a produtividade da organização.
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