O que muda na volta ao trabalho pós-isolamento? Entenda!
VB - 16/6/2020
Como será a volta ao trabalho pós-pandemia é a preocupação de muitos gestores. Isso tende a ficar mais evidente com a flexibilização da quarentena contra o novo coronavírus no Brasil.
Várias questões devem ser abordadas, a fim de se fazer um planejamento para a retomada das atividades. Entre elas, o distanciamento social na empresa, as questões de higienização e, até mesmo, como estará a saúde mental dos colaboradores.
Pensando nisso, preparamos este artigo com reflexões sobre o que muda na volta ao trabalho pós-isolamento social. Acompanhe!
Como será a volta ao trabalho
Uma resposta exata ainda não pode ser concedida, visto que o isolamento social decorrente da pandemia causada pelo novo coronavírus é algo inédito na nossa sociedade. Mas é certo que as rotinas não serão mais as mesmas — não só por conta dos hábitos de higiene, limpeza e distanciamento que deve prevalecer, mesmo após a flexibilização.
Questões como mais qualidade de vida no trabalho, bem-estar do empregado, flexibilização com trabalho remoto e uma série de outras estarão mais evidentes na volta ao trabalho.
Nesse cenário, a empresa deve estar preparada para atender às expectativas dos colaboradores. Afinal, eles desejam um ambiente mais humanizado, alinhado aos valores de valorização da saúde física e mental.
Entretanto, ainda é preciso pensar em questões práticas. Uma delas é garantir que as pessoas estejam em segurança no deslocamento para o trabalho e dentro da própria organização.
Para isso, é preciso pensar em estratégias que colaborem para o foco da operação. Elas devem assegurar a produtividade, ao mesmo tempo em que levam em conta as necessidades operacionais e o orçamento de cada corporação.
Boas práticas no retorno ao escritório
Nesse sentido, um RH humanizado se faz necessário, à medida que deve colaborar para as ações de bem-estar de toda a equipe. Acompanhe as dicas que separamos para você planejar a volta ao trabalho dos colaboradores no pós-isolamento.
Estabeleça normas de conduta
Para garantir um ambiente de trabalho saudável, visando à diminuição do risco de contágio na empresa, o setor de gestão de pessoas deve atuar com o estabelecimento de normas de conduta. Questões como uso de objetos compartilhados devem ser analisadas para que sejam criadas e divulgadas regras de uso.
O setor pode, inclusive, trabalhar em conjunto com a equipe de segurança do trabalho e saúde ocupacional. Assim, é possível mapear as áreas de risco e garantir que as informações cheguem a todos os colaboradores, de forma simples e direta.
Flexibilize o trabalho
Flexibilizar as rotinas com o home office, incentivar as reuniões virtuais e a implantação de diferentes turnos de trabalho são medidas que o setor de gestão de pessoas pode fomentar para mitigar os riscos de contágio.
Incentive o uso da tecnologia
Especialistas são categóricos em dizer que a pandemia acelerou o uso da tecnologia nas empresas. Em momentos de isolamento social, ela tem sido fundamental para conectar pessoas, diminuir distâncias e até mesmo otimizar recursos.
Todos esses benefícios configuram vantagens competitivas para as organizações. Por isso, devem receber a devida atenção da gestão da empresa, com a troca, por exemplo, de computadores desktops por notebook, incentivo à adesão de celulares corporativos, em vez de linhas fixas, investimentos em tecnologia da informação, suporte remoto, entre outros.
Considere o desafio do retorno para pais e mães
Um dos grandes desafios para quem tem filhos será encontrar alguém para deixar as crianças, já que as escolas ainda não têm previsão de retorno.
Diante dessa realidade, o setor de gestão de pessoas deve oferecer a oportunidade aos colaboradores com crianças em casa de manter, mesmo que temporariamente, o home office, até que o cenário volte ao normal.
Disponibilize acompanhamento psicológico
Não adianta pensar apenas em estrutura física e adequação dos processos, se a saúde mental dos colaboradores não estiver em dia. Isso porque a perda de parentes próximos é uma realidade vivida por diversos profissionais.
Logo, é preciso trabalhar para identificar quais colaboradores tiveram pessoas próximas afetadas pela doença durante o isolamento, colocando os serviços da empresa para oferecer apoio emocional antes da volta ao trabalho.
Além disso, mesmo aquelas pessoas que não perderam seus parentes, também podem ter sido acometidas por inseguranças e medos, principalmente, devido à falta de estabilidade no mercado de trabalho. Isso contribui para a elevação das taxas de ansiedade e, em níveis mais altos, até depressão entre os profissionais.
Adeque os espaços físicos
Algumas medidas para propiciar a mitigação da propagação do vírus são necessárias e merecerão atenção — e até mesmo investimentos — para garantir a saúde e a segurança dos colaboradores. Entre elas:
- distanciamento entre as mesas de trabalho, de pelo menos dois metros;
- limitação de pessoas em salas de espera;
- adequação de objetos de uso compartilhado;
- disponibilização de álcool em gel, entre outras.
Capacite a liderança
O líder ganha uma posição de destaque no que está sendo chamado de “novo normal”. Mais do que nunca, ele deve estar preparado para orientar a equipe em momentos de incerteza, direcionando as funções e dizendo exatamente a cada colaborador o que se espera dele.
Além disso, o gestor deve estar apto a se comunicar de forma clara e empática, já que os colaboradores podem ter perdido familiares por conta da doença. Nesse sentido, o líder deve ser um catalisador das demandas, intermediando as necessidades da empresa com as dos funcionários.
Vale lembrar que as relações interpessoais devem ser fortalecidas, a fim de facilitar os processos e potencializar a qualidade das entregas. Ao mesmo tempo, a experiência do empregado, ou employee experience, precisa ser otimizada, garantindo a satisfação dos colaboradores, fator fundamental para que eles realizem melhores entregas.
A importância da higienização
As superfícies podem ser facilmente contaminadas. Por isso, a higienização de todas as áreas da empresa deve ser reforçada com o objetivo de conter o contágio.
Maçanetas, mesas, torneiras, copiadoras, vasos sanitários, e outras superfícies devem ser higienizados com álcool 70% ou soluções sanitizantes de forma periódica. Nesse cenário, a equipe de limpeza deve ser treinada e protocolos precisam ser estabelecidos para oferecer higiene e segurança dos ambientes de trabalho.
Como vimos ao longo desta leitura, a volta ao trabalho pós-pandemia deve ser analisada e planejada para oferecer a sensação de bem-estar a todos os colaboradores.
Se você gostou deste artigo sobre o que muda na volta ao trabalho pós-pandemia, compartilhe nas redes sociais para que mais pessoas possam pensar a respeito!
Destaques
Síndrome de burnout no ambiente de trabalho: como o RH deve lidar?
Além de levar o colaborador a um afastamento, a síndrome de burnout no ambiente de trabalho precisa ser vista com cautela, empatia e, princi…