Programa de qualidade de vida: 6 dicas para montar na empresa

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O programa de qualidade de vida é uma frente de RH estratégico que busca garantir uma rotina mais saudável para os colaboradores.

A ideia desse modelo é construir um ambiente profissional em que a produtividade seja a consequência de pessoas felizes com o seu trabalho.

Isso acontece a partir do equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, além da criação de um ambiente harmonioso e confiante.

Implementar um programa de qualidade de vida traz uma série de vantagens para o seu negócio. Mas, como colocar isso em prática?

Neste post, apresentamos um passo a passo com dicas para criar um programa de qualidade de vida do zero. Aproveite a leitura!

1. Faça um diagnóstico organizacional

O primeiro passo para a criação de qualquer projeto é realizar um diagnóstico organizacional. Esse é um ponto importante para identificar quais são as dores da empresa e definir as metas, os objetivos que são esperados com o programa de qualidade de vida.

Há diversos frameworks no mercado, mas é interessante conciliar um modelo de gestão ágil com o de produto para trazer mais velocidade e precisão à entrega, como Kanban e a Árvore de Oportunidades.

Além disso, no diagnóstico é necessário trazer dados sobre o cenário anterior ao projeto. Nesse sentido, as informações de People Analytics são essenciais, como:

  • e-NPS (Employee Net Promoter Score, ou Índice Líquido Promotor do Colaborador);
  • Clima Organizacional;
  • Taxa de turnover;
  • Taxa de afastamentos e faltas.

2. Ouça o que os colaboradores têm a dizer

É preciso ter em mente que a estrela do programa de qualidade de vida são os colaboradores da sua empresa. Sendo assim, é necessário fortalecer os pontos de contato com os talentos do negócio.

Vale implementar uma pesquisa interna para contar com a participação dos colaboradores na construção do programa. Além disso, é interessante que no time do projeto haja colaboradores das principais áreas dos negócios, de cargos distintos e que pertençam a grupos socioculturais distintos.

Ter esse olhar é fundamental, porque a realidade de cada grupo é diferente e isso impacta diretamente na qualidade de vida. Quando a construção do projeto é feita por minorias em posição de privilégio, o programa tende a ficar enviesado e a tendência é que não gere os resultados esperados.

3. Realize benchmarking com outras empresas

O benchmarking é uma ferramenta poderosa para entender o que o mercado tem feito e está colhendo bons frutos. Nesse sentido, há várias formas de realizar um bench. Ele pode ser feito por meio de pesquisas de mercado, quantitativas e qualitativas.

Além disso, o bench pode ser realizado também de maneira mais robusta com one-a-one com representantes dessas empresas. Isso é interessante por diversos motivos, como conhecer os erros para criar um processo mais preciso e fortalecer o relacionamento com outros modelos de negócio.

4. Busque parcerias que sejam referências

Feito o diagnóstico e as definições do programa de qualidade de vida, é fundamental que o seu negócio tenha cautela na seleção das parcerias comerciais.

É natural que para implementar o projeto, a empresa precise contar com fornecedores de diferentes soluções. De forma geral, terceirizar algumas atividades sai mais barato e ajuda a sua empresa a focar no seu core business.

Nesse sentido, considere pesquisar sobre os fornecedores, conversar com grandes clientes. Isso é importante para se ter mais clareza da qualidade do serviço prestado e dos processos burocráticos, como formalização de contrato.

5. Defina uma política interna

Todo processo criado na organização deve ser formalizado de alguma forma. No caso do programa de qualidade de vida, o ideal é que haja uma política interna defina e disponibilidade em um local acessível para os colaboradores, como uma intranet.

A política interna deve apresentar:

  • objetivo do programa;
  • elegibilidade ao programa;
  • quais as modalidades ativas;
  • como aderir a cada modalidade;
  • definição de papéis do RH, líderes e liderados.

É interessante criar um cronograma de divulgação do programa de qualidade de vida. Isso é importante para engajar os colaboradores e também para esclarecer as principais dúvidas que podem surgir.

Além disso, é indicado que o programa de qualidade de vida seja apresentado também no onboarding dos novos colaboradores.

6. Monitore e mensure o impacto do programa

O programa de qualidade de vida tem um custo para o negócio. Assim, como qualquer processo organizacional, seu ROI (Return Over Investiment, ou Retorno sobre o Investimento) deve ser positivo. Essa é a métrica de sucesso principal.

Para calcular o ROI é necessário realizar o levantamento de todo o custo empregado nessa operação e identificar o retorno financeiro a partir dos indicadores relacionados aos objetivos do projeto.

É interessante contar com ferramentas de BI (Business Intelligence, ou Inteligência do Negócio) para que as análises sejam mais precisas e os relatórios possam ser retirados de forma mais ágil.

Defina uma periodicidade para acompanhar os dados e um colaborador responsável por essa rotina.

Exemplos de programa de qualidade de vida

Quando pensamos em programa de qualidade de vida, o conceito pode parecer genérico já que há diversas frentes relacionadas a esse aspecto.

Nesse sentido, listamos a seguir alguns exemplos que estão sendo usados por grandes marcas na promoção da saúde em seus contextos organizacionais. Confira.

Ginástica laboral

A ginástica laboral é um dos modelos mais conhecidos, principalmente entre as equipes de call center. Ela está relacionada à ergonomia, sendo realizada durante o trabalho e tem como objetivo evitar lesões nos colaboradores.

Gamificação de atividades físicas

As atividades físicas são essenciais para a qualidade de vida. Muitas vezes, as pessoas deixam de fazer por não se sentirem motivadas.

Com um programa de gamificação e premiação é possível vencer essa barreira e ainda estimular o trabalho em equipe ao criar times entre colaboradores de diversas áreas.

Jornada flexível

Flexibilidade é a palavra mágica da vez. Os talentos buscam empresas que confiam neles e permitam uma jornada flexível. Ela permite que os colaboradores tenham uma rotina mais saudável com horários diferenciados, conciliando a vida profissional com pessoal.

Saúde mental

A saúde mental está deixando de ser um tabu e se firmando como uma temática fundamental para o desempenho sustentável de empresas. As organizações estão olhando cada vez mais para esse aspecto, porque isso reflete diretamente na qualidade de vida.

Então, implementar um programa de qualidade de vida não é tarefa fácil, mas, com certeza, é uma decisão positiva para a marca e a percepção que o mercado tem dela.

Afinal, é possível fortalecer a Marca Empregadora e diminuir o turnover (rotatividade de colaboradores).

Isso reflete diretamente na qualidade do clima organizacional, na satisfação dos colaboradores e na redução de custos da empresa. Assim, o programa de qualidade de vida é parte de um RH estratégico e da governança corporativa com foco em gestão sustentável.

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