Transporte de cargas perigosas: confira 6 dicas essenciais

Sem Parar Empresas: caminhão em rodovia fazendo o transporte de cargas perigosas

A logística para o transporte de cargas perigosas requer atenção redobrada. A responsabilidade desse tipo de serviço afeta tanto o caminhoneiro quanto todos que passam por ele na estrada.

No Brasil, existe uma legislação bem detalhada sobre os cuidados a serem seguidos ao realizar o transporte de cargas como explosivos, líquidos inflamáveis, material radioativo, substâncias corrosivas, entre outros.

A seguir, entenda melhor como fazer a gestão de transporte de cargas perigosas.

 

Por que se preocupar com o transporte de cargas perigosas?

Uma carga é considerada perigosa quando pode causar danos ao meio ambiente, à segurança pública ou à população e seus bens. Os riscos variam conforme sua natureza, indo desde explosões e inalações químicas que afetam a saúde das pessoas até o comprometimento da fauna e flora de uma região.

O Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos (RTPP) prevê multas que vão de R$ 600 a R$ 5 mil para quem cometer infrações. Segundo a Resolução nº 5.848/19, a transportadora pode chegar a perder o registro junto à ANTT e ser impedida de continuar trabalhando.

 

Quais são os cuidados que devem ser tomados?

Visando não correr o risco de cometer erros durante a viagem, entenda as diretrizes para fazer esse tipo de transporte por meio de seis dicas essenciais.

1. Embalagem

Existem embalagens apropriadas para o transporte de cargas perigosas. Embora cada uma exija um invólucro diferente, todas devem ser homologadas pela ANTT. Em casos de combustível, por exemplo, é preciso o uso de um tanque específico a fim de evitar oscilações de temperatura que possam ocasionar uma combustão.

2. Circulação

É preciso informar aos órgãos competentes sobre a rota da viagem do caminhão. Em alguns casos existe uma limitação de circulação dos veículos, principalmente em áreas muito populosas, locais com reservatório de água ou áreas de proteção ambiental. A restrição pode variar entre os estados, por isso é bom planejar a rota para ajustar quando necessário.

3. Sinalização

Em transporte de cargas perigosas, é preciso estar visível o número ONU - determinado pela Organização das Nações Unidas para identificar produtos que oferecem riscos -, o rótulo de risco e o painel de segurança. Essas informações facilitam o trabalho dos órgãos competentes em caso de acidente ou vazamento da carga.

4. EPIs

A segurança de todos que estarão em contato com a carga é essencial para evitar acidentes e minimizar danos em possíveis emergências. Os Equipamentos de Proteção Individual variam conforme o perfil da carga. Além disso, o motorista deve ser aprovado em um curso específico do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN).

5. Documentação

Além dos documentos que você já está acostumado no transporte de cargas, fique atento para:

  • certificado de conclusão do curso TPP (Transporte de Produtos Perigosos) do motorista;
  • originais do CTPP ou do CIPP (Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos) e, no caso de transporte a granel, do CIV (Certificado de Inspeção Veicular);
  • declaração do expedidor conforme normas ANTT;
  • guia de tráfego quando o produto for regulado pelo Exército;
  • plano de emergência em caso de carga explosiva.

6. Autorização

Ao transportar cargas perigosas é preciso da Autorização para Transporte de Produtos Perigosos, obrigatória desde 2012 e expedida pelo IBAMA. Além disso, você ainda poderá precisar, conforme o tipo de carga, de:

  • Alvará para Transporte e Depósito;
  • Autorização de Funcionamento e alvará sanitário;
  • Certificado de Registro para Transporte;
  • Licença de Funcionamento.

A responsabilidade sobre o transporte de cargas perigosas é grande não só para a imagem da transportadora perante o mercado, mas para os riscos que oferece à vida de toda a população. Esperamos que nossas dicas ajudem você a planejar com segurança as suas futuras entregas.

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