Entenda o que é comportamento organizacional e como ele é analisado

Seema Parar: Entenda o que é comportamento organizacional e como ele é analisado

Em um mercado altamente competitivo e qualificado, algumas características se tornam essenciais para a diferenciação de uma empresa diante das suas concorrentes. Para muitas delas, esse fator de diferenciação acontece por meio do comportamento organizacional.

Fatores como esse vêm sendo considerados decisivos para o aceno positivo não só a uma proposta de trabalho, mas também em seu tempo de permanência, o que acaba influenciando toda a jornada do colaborador e impactando profundamente os resultados da empresa em que está inserido.

Neste artigo você vai compreender melhor o que é o comportamento organizacional, qual é a sua importância, seus benefícios, como o setor de Recursos Humanos é considerado uma peça-chave para a existência de um ambiente organizacional positivo, além das ferramentas que mais podem ajudá-lo com os desafios do dia a dia. Acompanhe.

Mas, afinal, o que é comportamento organizacional?

O comportamento organizacional aborda e observa os posicionamentos individuais e coletivos, tanto de líderes quanto de colaboradores, em seus ambientes de trabalho. Essa investigação referente ao impacto dos funcionários — de forma individual e em grupo — na empresa tem como objetivo garantir ambientes e processos que colaborem para um desenvolvimento mais motivado e, por consequência, mais eficaz, aprimorando significativamente os resultados da companhia.

Os motivos para dar atenção à manutenção do comportamento organizacional são diversos e transversais, assim como seu campo de estudo, mas acabam se refletindo na tentativa de compreender melhor os fatores e caminhos que têm a possibilidade de tornar sua organização e processos mais eficaz e eficiente.

Por meio desta atenção especial e detalhada sobre o funcionário, e que lança um olhar sobre as influências da dinâmica individual e de grupo, os potenciais pontos de conflito e discordância podem ser solucionados com antecedência, permitindo a otimização do que antes poderiam se tornar entraves.

Quais são os objetivos da gestão de conduta no ambiente?

O comportamento organizacional tem entre seus principais objetivos a promoção de uma visão mais unificada e harmônica dos princípios da empresa, que orientam e motivam os colaboradores. É a partir desse comportamento também, em que as condições necessárias para a realização do trabalho são supridas, que a motivação e o engajamento dos funcionários entram em cena, alavancando os resultados da organização e melhorando a qualidade do serviço entregue ao cliente.

Essa visão rege as decisões e comportamentos e, por sua tamanha importância, oferece uma série de consequências. Algumas das mais imediatas podem ser vistas na efetividade da comunicação realizada pela empresa. Com uma mensagem bem alinhada — e aceita — com os colaboradores, as equipes se tornam mais afinadas, pois compreendem as ações tomadas e se enxergam como parte de um só organismo.

 Quais são os tipos de comportamento organizacional?

Conheça quais são as principais modalidades de comportamento organizacional e seus efeitos no ambiente laboral.

Ética

O termo “ética” representa um conjunto de normas de conduta, a reunião de preceitos morais que devem ser observados no funcionamento prático do cotidiano, assim como de uma profissão.

No ramo organizacional, a ética tem relação com os valores morais que conduzem uma empresa. Ela corresponde ao cumprimento de todas as funções de cada colaborador, segundo os parâmetros definidos pela companhia em que ele faz parte.

A ética profissional está atrelada ao cumprimento das regras da instituição, à honestidade, ao respeito às pessoas (colegas de trabalho, superiores e clientes), a manter uma atitude humanizada e cooperativa para aprender com o próximo, entre outros detalhes.

Responsabilidade

Esse comportamento é visto como indispensável por qualquer empreendimento. A responsabilidade vai além do cumprimento de obrigações de rotina e demandas dentro do prazo determinado. Ela corresponde à maneira como o funcionário se comporta no ambiente laboral, ou seja, se sua postura e atitudes são responsáveis, prudentes e dignas de serem replicadas pelos colegas.

Controle gerencial

O controle gerencial apresenta várias maneiras de monitorar equipes. Algumas abordagens são mais informais e baseadas na confiança, enquanto outras práticas realizam uma supervisão mais criteriosa e com cobrança de resultados.

Contudo, as duas condutas causam impactos diferentes nos processos individuais. Um comportamento organizacional focado no controle diz respeito à maneira que a instituição monitora tarefas e desempenhos no ambiente organizacional.

Competitividade

Algumas instituições apresentam um clima que estimula, de forma direta ou indireta, a competitividade entre funcionários, equipes e departamentos. É válido destacar que um certo nível competitivo é benéfico para os negócios, mas é preciso ser amenizado a todo custo para que interesses individuais não se sobreponham ao trabalho coletivo — assim, evita-se conflitos, disputas e quebra da ética profissional.

Nesse sentido, o RH precisa unir uma força tarefa com a liderança gerencial da empresa para estabelecer um comportamento competitivo saudável, evidenciando a missão e os valores da instituição sempre que possível.

Por que o assunto é tão importante para as organizações?

A motivação, o engajamento e os sentimentos do funcionário em relação ao seu ambiente de trabalho, comprovadamente influenciam de forma crucial na maneira como eles enxergam e se posicionam em relação à companhia e, por isso, necessitam de olhares próximos do time de gestão de pessoas.

Com uma visão atenta para os possíveis entraves, é possível transformar o ambiente de trabalho em um local mais agradável, melhorando a satisfação dos funcionários e seu desempenho.

Ter a sensação de que é possível ser você mesmo e expressar emoções no ambiente corporativo garante que o grau de engajamento se eleve e a empresa tenha um maior número de funcionários dispostos a comprar suas ideias, o que exerce impacto direto em campos como a produtividade, o absenteísmo, a rotatividade, a satisfação no trabalho, o desvio de comportamento e a cidadania organizacional.

Apesar de, à primeira vista, o projeto de manutenção parecer responsabilidade do time de RH, o comportamento organizacional não acontece sem a colaboração dos funcionários, sem maneiras de saber as ideias que passam pelo quadro de funcionários, suas expectativas e a forma como enxergam seus desafios, e isso começa desde o processo de recrutamento.

Encontrar colaboradores que tenham fit com a organização ajuda no processo de criação de senso de pertencimento e torna mais simples a tarefa de internalizar os novos colaboradores à cultura da empresa, facilitando o trabalho futuro.

Quais são os principais benefícios de cuidar do comportamento organizacional em sua empresa?

Se você ainda está na dúvida se o esforço contínuo nesse campo da empresa vale a pena, separamos abaixo os principais benefícios do cuidado com o comportamento organizacional que podem ajudar na tomada de decisão. Veja!

Satisfação do cliente

É um dos fatores que contribuem para a lucratividade da empresa, pois a satisfação do cliente faz com que ele continue comprando e recomendando a terceiros. No entanto, essa satisfação só pode ser garantida com serviços de qualidade. Quando a organização tem uma forte formação comportamental adaptada à sua cultura, a equipe tem mais facilidade de se unir e ter melhores condições para realizar um trabalho de destaque para o seu público.

Rentabilidade

Com uma equipe motivada, você pode facilmente atingir seus objetivos. Portanto, com o aumento da produtividade, o número de vendas e a lucratividade também estão aumentando. Um exemplo disso são os dados trazidos pela empresa Great Place to Work, consultoria global que apoia organizações na obtenção de melhores resultados em seus ambientes de trabalho.

Segundo informações coletadas pela organização, houve ganhos de R$ 201 milhões com ideias dos colaboradores em 2019. O ranking mostra ainda que das 2.623 sugestões enviadas a uma organização, mais de duas mil delas foram implementadas de alguma forma.

Crescimento da receita

A cultura organizacional afeta a receita de maneira semelhante à satisfação do cliente. Hoje em dia, é mais fácil perceber quando a empresa está trabalhando em harmonia e o quanto os funcionários estão satisfeitos com seu trabalho. Fazer negócios com empresas com essas características é mais agradável para os clientes e aumenta a probabilidade de fidelidade à marca.

Produtividade

Pessoas satisfeitas com seu trabalho e empresa são mais produtivas. Valores claros e uma forte cultura organizacional são essenciais para reduzir o absenteísmo e aumentar a motivação da equipe.

Relacionamento

Estabelecer uma boa cultura é útil para o relacionamento entre as pessoas e a cooperação entre as equipes. Como resultado, a comunicação entre os departamentos é mais clara e o trabalho é mais eficaz e a rotatividade fica até três vezes inferior ao restante do mercado.

Melhor tomada de decisão

Se a empresa tem missão, visão e valores claros, a equipe a apoiará na tomada de decisões mais decisivas para torná-la mais alinhada com os objetivos, contribuindo para a elevação da confiança interna e do engajamento.

Melhor recrutamento

O comportamento e a cultura organizacional também ajudam a atrair novos profissionais que muitas vezes praticam os mesmos valores da empresa, ajudando assim a manter um ambiente positivo.

Quais são as dimensões do comportamento organizacional?

Tendo em mente que o estudo do comportamento organizacional é bastante amplo, mostraremos como o campo se divide em três grandes áreas, com o intuito de entender de forma integral o tema, sendo eles: dimensão individual, dimensão grupal e dimensão organizacional. Acompanhe.

Dimensão Individual

Avalia o comportamento pessoal, considerando atitudes, habilidades, motivações, valores e percepções de cada funcionário. Também considera o papel da personalidade e das características emocionais no ambiente empresarial. Esses fatores vão traçar os atributos mais particulares de cada um e a forma como se dá não apenas seu comportamento diante de adversidades, mas também de sua facilidade para a execução de determinadas ações, sejam elas intelectuais ou físicas, requeridas pela posição.

Para analisar a dimensão individual são utilizados os seguintes critérios:

  • comprometimento com a missão, visão e valores da empresa;
  • desempenho e resultados da rotina;
  • grau de adaptação às mudanças;
  • grau de comprometimento com suas obrigações laborais;
  • grau de proatividade e senso colaborativo;
  • inovação e sugestão de ideias;
  • inteligência emocional;
  • motivação e engajamento nos projetos;
  • nível de comunicação e de entrosamento com os colegas;
  • número de faltas;
  • organização na jornada de trabalho;
  • respeito ao código de ética.

Para garantir um bom comportamento de dimensão individual que trabalha no coletivo, é preciso encontrar as qualidades mencionadas e somá-las de forma grupal, afinal, cada indivíduo tem suas próprias características e virtudes.

Dimensão Grupal

Para a análise da influência de um grupo, é necessário que haja duas ou mais pessoas na mesma equipe, mesmo que de forma mais ou menos interdependente. Nela, podemos observar diversas especificidades, como a existência constante de um líder, que funciona como propulsor e motivador de uma ação.

Nesta dimensão é importante destacar que existem três modelos específicos de liderança, estudados por especialistas, sendo eles: liderança autoritária, democrática ou liberal.

No primeiro caso, o perfil de cada membro do grupo é decidido pelo seu líder. Não há espaço para a discussão de ideias horizontais. Por isso mesmo, a distância entre ele e seus colaboradores se mantém imensa, não sendo considerado o modelo mais atrativo para as novas gerações, já que em sua maior parte, os funcionários das novas gerações assumem ter o desejo de uma chefia que seja mais próxima do seu dia a dia e com abertura para novas ideias.

Já o líder democrático, não se preocupa no controle excessivo das tarefas e costuma delegar a sua equipe a missão de cumprir e alcançar as metas preestabelecidas. Nesse modelo, cada colaborador fica responsável pelo funcionamento da sua parte na missão do todo.

Por fim, ainda é possível mencionar o “líder liberal”, que exerce um controle mínimo sobre sua equipe e confia em seus funcionários a liberdade de fazer o que acharem mais importante e com maior potencial de trazer resultados para a organização.

Dentro da dimensão grupal, também está inserida a comunicação da empresa com seus colaboradores, podendo ser verbal — transmitida pela fala — ou não verbal — que pode ocorrer por meio de gestos e olhares ou até mesmo diferenciação do canal divulgado etc.

Nesse ponto é preciso ter especial atenção, já que há grandes chances da mensagem não ser compreendida da forma que se espera, criando a possibilidade de atritos e disseminação de mensagens indesejadas.

Tendo todos esses fatores claros, é possível destacar três deles como geradores de poder a partir da posição ocupada em um grupo: o poder coercitivo, que acontece sobre alguém por conta de uma punição; poder de recompensa, aquele que envolve o benefício de alguma das partes ou ao poder que acontece por conta da responsabilidade de alguém dentro do grupo, o líder.

Por fim, ainda há duas possibilidades de poder relacionadas às características individuais dentro de um grupo, sendo elas: poder de especialização, gerado por um maior conhecimento do tema, experiência no assunto ou talento e o poder de referência, fortemente atrelado à admiração, força de carisma.

Dimensão Organizacional

Já na dimensão organizacional, se observa como a empresa influencia o comportamento dos indivíduos que fazem parte do seu quadro de colaboradores. Desta forma, lança-se um olhar sobre o aspecto geral da empresa de se organizar, de realizar tarefas e organizar recursos. Nesse momento, podemos observar novamente o papel da organização e da gestão de pessoas, pois é composta também da forma que se posiciona para o mundo, seja ele interno ou externo.

Qual é a importância do RH em sua implementação e efetividade?

O cenário contemporâneo das organizações exige, cada vez mais, que a gestão de pessoas esteja estrategicamente alinhada aos objetivos de seus negócios. A área tem sido observada como um campo de constante ampliação e flexibilização das fronteiras, o que anteriormente era restrito a áreas como recrutamento e administração de salários e benefícios.

Hoje, reconhece-se a interdependência de temas ligados ao campo e, principalmente, de valorização do capital humano, tema que tem sido o diferencial competitivo para o sucesso das organizações, pois é dele que surgem as inspirações para o pensamento, seja no nível tático, de planejamento estratégico ou operacional.

Essas mudanças são frutos de uma nova forma de pensar no trabalho, no qual tem se tornado impossível não levar a gestão como um fator decisivo para a jornada dos colaboradores, assim como seu contexto.

Ele afeta desde os pontos mais objetivos aos mais subjetivos e está intimamente ligado ao estudo das nuances que englobam o desenvolvimento de um comportamento organizacional positivo, para que a área atue como propulsora de benefícios e propicie um retorno acertada para o negócio.

E os critérios e ferramentas de avaliação — essenciais — que devem ser levadas em consideração na hora da ação?

No âmbito da gestão de pessoas, é necessária a implantação de uma cultura meritocrática. É nesse momento que a cultura e o comportamento organizacional exercem tamanha influência, pois mesmo sendo um consenso entre especialistas que o processo complexo de “mudança de cultura” é sempre profundo, complexo e, muitas vezes, cercado de desconfortos.

A reformulação dos sistemas de avaliação de desempenho dos funcionários, quando feita de forma mais moderna e constante, gera a sensação de comprometimento da organização com o desenvolvimento dos seus funcionários e, por consequência, afeta o clima organizacional e a imagem de uma boa liderança.

Para que isso aconteça da forma esperada, é preciso olhar para três elementos essenciais para o funcionamento de uma organização: os recursos, as pessoas e os objetivos. O trio compõe uma cadeia de fatores, na qual a empresa precisa saber realizar um bom gerenciamento de pessoas, com os recursos disponíveis, em ordem de alcançar os objetivos propostos.

A forma mais efetiva e com menor custo para realizá-los está na criação de hábitos organizacionais, pois é certificado a todo momento que os colaboradores da organização se sintam motivados a executar suas tarefas.

Sugestões de Critérios de Avaliação

Como tanto as características individuais quanto de grupo podem ser influenciadas por diversos fatores internos e subjetivos, que envolvem tanto a própria biografia quanto o ambiente, separamos algumas questões que podem ajudar a mapear e identificar indicadores de RH e o estágio de cada colaborador dentro do espectro da cultura organizacional. Confira!

Individuais

  • Qual é o desempenho regular e os resultados apresentados pelo funcionário?
  • Frente a desafios e dificuldades, ele(a) assume responsabilidades e/ou tem uma postura proativa?
  • Tem compromissos claros com a missão, visão e valores?
  • Tem objetivos claros de carreira e metas a alcançar em curto, médio e longo prazo?
  • Quais são suas melhores habilidades?
  • Qual é o nível de motivação e dedicação ao trabalho?
  • A taxa de retorno atual é consistente?
  • Existem fatores que impedem o crescimento dos funcionários?

Grupo

  • Como está o desempenho da equipe?
  • A atmosfera dentro do grupo é boa?
  • Qual é a taxa de ausência de funcionários em cada grupo?
  • Como isso afeta a carga de trabalho de outras peças?
  • Os funcionários permanecem colaborativos?
  • A equipe é resistente a possíveis mudanças no trabalho diário?
  • A equipe demonstra comprometimento em atingir as metas?
  • A equipe apresentou uma ideia inovadora recentemente?
  • Há espaço para feedbacks constantes entre os membros da equipe e de forma segura?

Organizacionais

  • A empresa tem gerado valores maiores de lucratividade nos últimos tempos?
  • A produtividade dos colaboradores tem apresentado níveis melhores?
  • Os clientes têm se apresentado mais satisfeitos com a qualidade da entrega dos serviços?
  • Houve redução de custos fixos e aumento significativo da eficiência da companhia?
  • O levantamento de faturamento da empresa tem apresentado resultados positivos?
  • O número de vendas tem estado em equilíbrio com os valores de recebimento?
  • Houve crescimento de vendas e criação de oportunidades de negócios?
  • O turnover se manteve baixo ou apresentou redução significativa?

Grande parte da pesquisa de comportamento organizacional tem como meta final proporcionar aos profissionais de gestão de recursos humanos as informações e as ferramentas necessárias para selecionar, treinar e reter funcionários de forma a produzir o máximo de benefícios para o trabalhador como indivíduo, bem como para a organização — e essa tarefa tem tido a tecnologia como grande aliada dos processos de avaliação.

Sistemas de gestão de comportamento

Ideal para capacitações e treinamentos, permite um aprofundamento do colaborador em questões de autoconhecimento, ajudando na identificação de pontos de melhoria e reforço de habilidades.

Avaliação de desempenho com ajuda de banco de dados

Por meio de plataformas que organizam os indicadores de performance do funcionário, é possível conduzir uma conversa direcionada com o objetivo de analisar resultados e promover a cultura do feedback na organização.

Análise de clima organizacional

Com uma ferramenta que automatiza e organiza os resultados, é possível ter uma visão geral da satisfação e motivação dos colaboradores e os pontos de aprimoramento necessários para melhorar a performance geral do negócio.

Planos de remuneração e carreira

Com a ajuda de uma ferramenta, a empresa pode construir um plano sólido e transparente do desenvolvimento do funcionário. É preciso pensar em um software que possibilita a personalização de direcionamento estratégico ideal da empresa e na qual seja possível atrelar metas e objetivos diversos para que consiga se adequar às especificidades de cada equipe.

 O que costuma ser considerado para avaliar o comportamento organizacional?

Alguns parâmetros são utilizados para analisar a conduta empresarial da instituição. Conheça os principais.

Pesquisa de clima

A pesquisa de clima é essencial para avaliar o ambiente de trabalho — se está favorável ou desfavorável para os colaboradores. Para elaborá-la, basta montar um questionário temático com perguntas abertas ou de múltipla escolha. Após incentivar todos a participarem como quiserem (de forma pública ou anônima), você obterá as respostas necessárias para diagnosticar como está o clima e o comportamento organizacional.

Análise do resultado histórico

Se você utiliza softwares de gestão ou registra todos os resultados da empresa por setores, equipes e indivíduos, fica mais fácil de avaliar o histórico da instituição. Ao descobrir como cada uma dessas variáveis atingiram metas e objetivos ao longo do tempo, é possível detectar gargalos comportamentais e de performance que podem ser aprimorados.

Qualidade dos relacionamentos

A qualidade do relacionamento entre a empresa e os profissionais deve ser avaliado a todo instante. É preciso descobrir se a comunicação é verticalizada (engessada) ou horizontal.

A primeira deve ser evitada a todo custo, pois não dá autonomia para colaboradores solucionarem demandas simples e complexas em seus respectivos setores e funções. Já a segunda é indispensável para o compartilhamento de experiências entre líderes e liderados, melhorando o vínculo entre ambas as partes.

 Quais são os cuidados ao analisar o comportamento organizacional?

Existem alguns cuidados a serem tomados ao analisar o comportamento organizacional. Conheça-os a seguir.

Frequência adequada

Também é válido recordar que as avaliações precisam ser realizadas em uma frequência apropriada. Elas devem ser executadas a cada três ou seis meses e fazerem parte da cultura e da rotina da companhia. Também devem ser vistas com seriedade pelos profissionais em geral, tanto gestores e líderes quanto colaboradores.

Adaptação às mudanças

A capacidade de adaptação ao novo é essencial para analisar o comportamento organizacional de forma integral. É importante que a equipe analítica se adéque às inovações da empresa. Assim, as avaliações ficarão mais precisas.

Preparação

Treinamentos periódicos são de grande importância para potencializar o processo de análise comportamental da empresa. Um time devidamente treinado consegue levantar e estudar parâmetros estratégicos para a manutenção e a otimização da conduta empresarial. Ao estabelecer normas, práticas e procedimentos disruptivos no ambiente corporativo, todos entregam soluções e resultados benéficos para a companhia.

Por fim, é válido mencionar que as consequências de não gerenciar o comportamento organizacional do negócio trará dificuldade de modificar atuações pessoais e tecnológicas na instituição, gerando uma insatisfação interna capaz de aumentar as taxas de turnover. Por tanto, cuide dessa demanda com atenção para evitar consequências negativas.

Afinal, vale a pena investir na manutenção do comportamento organizacional?

Com as demandas atuais do mercado de trabalho, é preciso estar atento a, pelo menos, três dimensões organizacionais: habilidades e personalidades do conjunto de funcionários da organização, a manutenção de uma comunicação efetiva, com o mínimo de ruído possível, e que possibilite a realização das demandas de trabalho. O comportamento organizacional deve estar sempre alocado nessas decisões para que toda a empresa se mova na mesma direção.

A inserção dessas práticas no dia a dia colabora para que as pessoas que participam da sua construção diariamente se sintam motivadas a trabalhar nessa empresa, pois sabem que os seus esforços serão compensados pelos objetivos alcançados. Isso impulsiona o desejo individual de alcançar bons resultados e, consequentemente, traz para a empresa crescimento próprio e dentro do mercado em que está inserida.

É importante ressaltar que um ambiente de trabalho agradável e com oportunidades contínuas de crescimento também permite o desenvolvimento do potencial de seus trabalhadores e uma retenção significativa de seus talentos.

No cenário contrário, em um ambiente permeado única e exclusivamente pela competitividade e sem muitos recursos destinados aos colaboradores, acaba reprimindo a demonstração e aplicação de habilidades e resulta em rotatividade de membros da equipe, pois não se sentem atraídos a permanecer naquele ambiente.

Para uma empresa que valoriza o estudo do comportamento organizacional e trabalha na promoção, o seu capital humano acaba por se transformar em parte crucial do planejamento e também das ferramentas para que os resultados da companhia sejam alcançados com satisfação de pessoal.

Assim, ela fica pronta para aproveitar o melhor que cada um pode dar, sem deixar dúvidas de que esse é o melhor caminho para alcançar as metas comuns e posicionar a empresa em um lugar de destaque.

Este post ajudou você a entender melhor qual é a importância e quais são os benefícios de adotar uma postura que valoriza a manutenção do comportamento organizacional da sua empresa? Sim? Então aproveite a visita para seguir nossas redes sociais. Estamos no Facebook, no Instagram, no LinkedIn e no YouTube.

Destaques

Síndrome de burnout no ambiente de trabalho: como o RH deve lidar?
Sem Parar Empresas: homem em frente ao computador, com as mãos apertando os olhos, sinalizando que está tendo uma síndrome de burnout no ambiente de trabalho
8 - Junho - 2020

Síndrome de burnout no ambiente de trabalho: como o RH deve lidar?

Além de levar o colaborador a um afastamento, a síndrome de burnout no ambiente de trabalho precisa ser vista com cautela, empatia e, princi…

Receba nossa newsletter

Gestão de veículos