Fique por dentro das principais tendências do RH no pós-pandemia

Depois de quase dois anos, a pandemia da Covid-19, doença identificada pela primeira vez na China na passagem de 2019 para 2020, dá sinais de que será controlada, principalmente graças à vacinação.

Com isso, muitas atividades vão voltando aos poucos, ainda que sob as mudanças impostas por esse evento tão marcante na vida de todos os nós. Com o setor de recursos humanos não é diferente. Por isso, vamos abordar o que esperar para você ficar por dentro das principais tendências do RH no pós-pandemia. Boa leitura!

Quais foram os impactos da pandemia no setor de RH?

Assim como boa parte das atividades humanas, o RH foi atingido em cheio pelas mudanças impostas pela pandemia, fazendo com que a maioria das empresas tivesse que se readequar de uma hora para outra.

Nessa nova dinâmica estavam inclusas novas formas de trabalho, mudanças nos processos de recrutamento e seleção, crescimento da preocupação envolvendo o bem-estar físico e mental dos colaboradores ou mesmo a necessidade de demissões diante do prejuízo econômico.

De todo modo, seja para o bem, seja para o mau, a pandemia trouxe alterações profundas que nem mesmo seu fim vão trazer de volta ao estágio anterior à chegada do vírus. É o que,afinal, todo mundo decidiu chamar de “novo normal”.

Essas alterações embutem uma série de aprendizados que podem e devem ser levados para esse novo contexto. Investimentos em novas estruturas, práticas e modelos no setor de recursos humanos nesse momento, se bem planejados e executados, podem trazer retornos significativos para toda a estrutura empresarial, deixando-a preparada para os mais diferentes desafios.

Em quais tendências do RH você deve ficar de olho no pós-pandemia?

Dito isso, vale indicar em que tendências sua empresa deve ficar de olho e acompanhar de perto o que o pós-pandemia reserva para o setor de RH após esse período tão conturbado.

Gerenciamento do trabalho remoto

Em um primeiro momento da pandemia, a transição para o trabalho remoto, onde ele era possível, foi feita a toque de caixa, diante das circunstâncias. Com isso, a experiência, em muitos casos, pode não ter sido a melhor possível. Contudo, com o passar do tempo, a situação foi se ajustando com o ganho de experiência de empresas e profissionais, incluindo nisso melhorias na produtividade de todo o time.

Não é de se estranhar que transcorrido todo esse tempo desse o inicio da pandemia muitas empresas tenham decidido manter esquemas de trabalho remoto mesmo com o retorno a uma possível normalidade, desde que isso seja possível, claro. Em determinadas atividades, o trabalho in loco é insubstituível por mais que a dinâmica do home office esteja azeitada.

De qualquer forma, o home office no pós-pandemia será marcado não só por sistemas híbridos (que alternam períodos de trabalho presencial e remoto), como também por formas de gerenciamento mais eficientes e capazes de lidar com essas novas realidades. Isso passa por manter ferramentas e processos de forma digital e diretrizes de atuação e segurança que garantam que todas as informações necessárias para o andamento das atividades estejam acessíveis de forma ágil e segura.

Construção de novas habilidades e competências críticas

Tal forma de trabalhar faz com os profissionais precisem adquirir novas habilidades para fazer frente às exigências do dia a dia da empresa. Sem isso, eles podem ficar para trás e com isso não apresentar o desempenho esperado.

Por isso, o RH deve estar atento não só para incentivar o aperfeiçoamento dessas novas habilidades e competências críticas, como também redistribuir talentos e encontrar formas de que todos possam de desenvolver aprendizados de forma contínua e sempre que for necessário, uma vez que o que é necessário para ser eficiente hoje em dia certamente é diferente daquilo que será exigido num futuro próximo.

Lifelong learning

Por falar em aprendizado, no pós-pandemia todos os profissionais devem encarar de forma positiva a perspectiva de serem eternos aprendizes nas suas respectivas áreas de atuação. É o que é chamado de lifelong learning ou ainda aprendizado para a vida toda.

Foi-se o tempo em que alguém mantém a mesma carreira ou ainda forma de trabalhar do início ao fim da vida profissional, o que só foi reforçado pela pandemia. Com a tecnologia e a série de revoluções aceleradas pela pandemia, o que é atual hoje em pouco tempo se torna obsoleto.

Dependendo da área de atuação, o conhecimento em novos idiomas nunca será demais, por exemplo. A boa notícia é que a internet democratizou de forma jamais vista o acesso ao conhecimento, seja por meio de cursos pagos e gratuitos feitos de qualquer lugar do mundo, a qualquer momento.

Aprimoramento na integração trabalho-vida

Muito se fala do prejuízo que o home office causa à dinâmica familiar e a convivência em casa, que se tornou o centro não só da vida profissional como pessoal. Tal configuração, se não for bem pensada, pode trazer prejuízos a qualidade de vida do profissional.

Por isso, as empresas devem ser capazes de lidar com essa nova dinâmica e repensar no equilíbrio entre vida e trabalho diante da realidade em que profissionais que trabalham de casa estão mais envolvidos com atividades domésticas, com a educação dos filhos ou mesmo com novos hobbies.

Novas formas de atração de talentos

As novas formas de atrair talentos e conduzir processos seletivos podem ser mantidos, permitindo que as empresas tirem vantagens das vantagens e comodidades que alguns recursos trazem. Videoentrevistas, por exemplo, economizam tempo e dinheiro, já que dispensa a necessidade de deslocamento.

Com isso, as empresas passam a ter acesso a uma gama maior de candidatos, ajudando a organização não só a se aproximar de mais talentos, como permitindo que ela faça isso ampliando a diversidade dos seus times. No longo prazo, a implementação desse valor na cultura do negócio tende a trazer resultados significativos.

A adaptação do RH pós-pandemia exige esforço e dedicação por parte de todos os envolvidos, além de um planejamento cuidadoso, sempre com foco no desenvolvimento humano de cada um dos membros de uma equipe. Dessa maneira, ainda que a pandemia tenha provado situações horríveis, alguma evolução poderá ser extraída dessa nova realidade.

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