Sabe qual é o perfil do caminhoneiro brasileiro? Descubra neste post!

Sem Parar Empresas: Sabe qual é o perfil do caminhoneiro brasileiro? Descubra neste post!

Entender pessoas é uma habilidade bem-vinda em qualquer segmento da economia. É fundamental compreender aqueles à sua volta, identificando qualidades, comportamentos e atitudes que possam colaborar com a sua equipe. Pensando nisso, elaboramos este post especial para falarmos sobre o perfil dos caminhoneiros brasileiros.

Embora seja um tema pouco discutido, ele é essencial para entendermos o setor. Por isso, reunimos as suas principais características, apresentando a importância desse assunto, o perfil em si e o impacto que tais informações podem ter sobre a sua gestão. Acompanhe!

A importância de entender o perfil dos caminhoneiros no Brasil

Caminhoneiro: o exercício profissional para mais de 2 milhões de brasileiros. Uma cifra que não só demonstra o volume dessa categoria, mas também reforça a importância da classe no deslocamento da produção agrícola, agropecuária e industrial do país.

Para você, gestor da frota, entender o perfil do caminhoneiro significa promover melhores oportunidades para o seu colaborador, fazendo com que ele progrida pessoal e profissionalmente para além do que as estatísticas mostram.

Apesar da extensa jornada de trabalho e importância social, as pesquisas demonstram um alto senso de depreciação da própria imagem, segundo as respostas que indicam o que eles acham que a sociedade pensa deles.

Por isso, conhecer o perfil dos caminhoneiros brasileiros é descobrir formas de valorizá-lo, estimulando-o a aprimorar o seu trabalho, fidelizando esse colaborador na sua empresa, maximizando a eficiência e construindo confiança.

O perfil do caminhoneiro brasileiro

Em um primeiro momento, é importante destacar que todas as informações apresentadas abaixo foram extraídas da Pesquisa CNT: Perfil dos Caminhoneiros 2019. Como você sabe, a CNT corresponde à Confederação Nacional dos Transportes e, por isso, conta com a amplitude social e a competência técnica para a realização desse levantamento. Agora vamos aos dados!

Modalidade da prestação de serviços

  • 67% dos entrevistados são autônomos;
  • 33% são empregados de frota.

Idade média

  • 46,5 anos entre os autônomos;
  • 41,5 anos entre os empregados de frota;
  • 44,8 anos entre os caminhoneiros, em geral.

Idade predominante

  • 29,6% dos caminhoneiros estão entre 40 e 49 anos;
  • 26,6% estão entre 30 e 39 anos;
  • 21,7% entre 50 e 59 anos;
  • 13,2% com 60 anos ou mais;
  • 8,9% até 29 anos.

Sexo

  • 99,5% desses profissionais são homens.

Note que o perfil dos caminhoneiros no Brasil é de homens acima dos 30 anos. Tais dados demonstram que o mercado não está renovando nem atraindo novos profissionais, o que pode ser um indício da necessidade de mudanças e de estar atento às novas tendências para o futuro do mercado.

Escolaridade

  • 29,9% dos caminhoneiros têm o Ensino Médio Completo;
  • 20,5% não completaram o ginásio do Ensino Fundamental (5ª a 8ª);
  • 17,8% completaram o ginásio, mas não o Ensino Médio.

Faturamento mensal bruto médio

  • R$16.062,90 entre toda a categoria;
  • 20,04% informaram acima de R$20.000,01;
  • 20,04% informaram até R$5.000,00;
  • 17,6% não sabiam ou não responderam;
  • 16,3% informaram entre R$5.000,01 e R$10.000,00;
  • 13,9% informaram entre R$10.000,01 e R$15.000,00;
  • 11,4% informaram entre R$15.000,01 e R$20.000,00.

Faturamento mensal líquido médio

  • R$4.609,35 entre toda a categoria;
  • 67,9% informaram até R$5.000,00;
  • 16,5% informaram entre R$5.000,01 e R$10.000,00;
  • 9,9% não sabiam ou não responderam;
  • 4,0% informaram entre R$10.000,01 e R$15.000,00;
  • 0,8% informaram entre R$15.000,01 e R$20.000,00;
  • 0,8% informaram acima de R$20.000,00.

Renda mensal média por categoria

Após descontos de impostos, encargos sociais, combustível, manutenção etc., a renda média de cada categoria é:

  • R$ 5.011,39 para caminhoneiros autônomos;
  • R$ 3.720,56 para caminhoneiros empregados de frota.

Tipos de carga mais transportadas por categoria

  • entre caminhoneiros autônomos os principais tipos são cargas fracionadas (41,7%), granel sólido (29,7%) e Frutas/Verduras/Legumes (8,8%);
  • entre caminhoneiros empregados de frota, o perfil muda para cargas fracionadas (28,7%), granel sólido (26,4%) e carga frigorificada (13,6%);
  • de modo geral, entre o total de caminhoneiros os tipos mais transportados são cargas fracionadas (37,4%), granel sólido (28,6%) e Frutas/Verduras/Legumes (8,9%).

Peso do caminhão por categoria

  • entre caminhoneiros autônomos, 30,4% possuem veículos de 26 ou mais toneladas, 23,7% de 21 a 25 toneladas e 15% dirigem veículos de 11 a 15 toneladas;
  • já entre caminhoneiros empregados de frota, 43,2% possuem veículos de 26 ou mais toneladas, 20,5% de 21 a 25 toneladas e 13,6% conduzem veículos de 6 a 10 toneladas;
  • dentre o total de caminhoneiros, 34,6% possuem veículos de 26 ou mais toneladas, 22,6% de 21 a 25 toneladas, 13,5% dirigem veículos de 11 a 15 toneladas e 13,5% conduzem veículos de 6 a 10 toneladas.

Forma de aquisição do veículo dentre os autônomos

  • 26,1% possuem veículo próprio financiado, mas já quitado;
  • 20,9% possuem veículo próprio financiado, mas ainda não quitado;
  • 50,3% não possuem veículo financiado.

Tipos de financiamento realizados entre autônomos

  • 69,2% financiaram seus veículos com banco privado;
  • 12,2% financiaram por meio de negociação particular;
  • 5,1% fizeram financiamento por intermédio de Leasing;
  • 4,2% financiaram seus veículos com auxílio de um consórcio.

Em sua maioria, 82,3% dos caminhoneiros escolheram financiamentos de médio a longo prazo, com pagamento que varia de 25 a 60 meses. O que traz uma carga de tensão ao trabalho do dia a dia, já que, além das despesas com a vida cotidiana, muitos profissionais ainda estão trabalhando para pagar seus veículos.

Número médio de dependentes desse profissional

  • 2,6 entre os autônomos;
  • 2,4 entre os empregados de frota;
  • 2,5 entre a categoria.

Apenas 7,1% dos profissionais estão dentro do perfil dos caminhoneiros que não possuem dependentes, a maioria são pessoas casadas, com filhos, o que pode afetar diretamente a saúde mental do caminhoneiro.

Por ficarem longe dos amigos e familiares e o trabalho ser essencialmente solitário, um dos principais problemas entre caminhoneiros é a depressão. E junto dela surgem a ansiedade, falta de concentração e o abuso de substâncias que podem trazer muito perigo ao trabalho.

Por isso, dar ferramentas de ajuda e criar um bom ambiente de trabalho também é responsabilidade do gestor de frota, além de outras medidas indispensáveis, capazes de aumentar a segurança no trajeto, como o monitoramento de carga, o controle de veículos, o respeito aos limites de carga e cuidados com o caminhão.

Quantidade de veículos registrados — apenas autônomos

  • 84,4% informaram um caminhão;
  • 6,7% informaram dois;
  • 5,0% informaram zero;
  • 2,2% informaram três;
  • 1,1% não sabiam ou não responderam;
  • 0,3% informaram quatro;
  • 0,3% informaram cinco.

Idade média do veículo

  • 18,4 anos entre os autônomos;
  • 8,6 anos entre os empregados de frota;
  • 15,2 anos é a média geral.

Rotina

  • trabalham 11,5 horas por dia, durante 5,7 dias da semana;
  • rodam mais de 9 mil quilômetros por mês;
  • 65,1% consideram a profissão insegura;
  • 31,4% consideram desgastante.

A rotina de trabalho nas estradas é cansativa física e mentalmente. Preocupação constante com assaltos, horas trabalhadas — muitas vezes — além do recomendado e incertezas com o futuro são alguns dos pontos que afetam o perfil dos caminhoneiros hoje em dia. Uma boa gestão se preocupa com o bem-estar de seus colaboradores e com os desafios da profissão de caminhoneiro.

Desafios

  • aproximadamente 7% dos entrevistados informaram que já tiveram o veículo roubado nos últimos dois anos;
  • 49,5% dos caminhoneiros já recusaram um trajeto pela alta probabilidade de assalto, roubo ou sequestro na rota;
  • 35,9% dos profissionais apontam o valor do combustível como um obstáculo principal.

Como podemos perceber, a profissão ainda é vista como insegura e apresenta diversos fatores que geram estresse. Além disso, 50,4% dos caminhoneiros apontam os baixos salários como uma ameaça ao futuro da profissão, e 51,3% têm como principal reivindicação a redução do preço do combustível.

A grande maioria (67,8%) dos caminhoneiros tinham uma profissão anterior antes de entrar no mercado, entretanto, mais da metade (55,7%) afirma que a vida financeira melhorou depois de começar a trabalhar com o transporte de cargas.

Ainda existem estigmas com a atividade, e 62,7% dos caminhoneiros acreditam que a demanda de seus serviços diminui desde 2018. Entretanto, o perfil dos caminhoneiros no Brasil é de um profissional que consegue enxergar pontos positivos na profissão, apontando as vantagens de trabalhar com transporte de carga, como o fato de ter horário flexível e conhecer novas cidades, países e pessoas.

No fim das contas, cabe a você, gestor, analisar cada um dos tópicos apresentados para compreender como o seu colaborador pode se sentir valorizado, seja com rotinas mais saudáveis e espaçadas, seja com o investimento em caminhões novos, seja com outras abordagens semelhantes.

Gostou deste artigo esclarecendo o perfil dos caminhoneiros brasileiros? Então, aproveite para se especializar no tema lendo o nosso conteúdo sobre a gestão de motoristas!

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